Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Prescrição não é para o seu múnus!
Fernando Rodrigues
6 comentários:
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A Igreja é feita por homens e por isso também de pecadores e não é de exigir-lhes muito mais do que se exige aos outros (não crentes). O perdão está inserido como princípio no comportamento entre as pessoas e não se pode arrastar um pecado indefinidamente. Sou agnóstico, mas defendo mais o caminho da prevenção que o da perseguição, porque ninguém pode estar ao mesmo tempo com incumbências que, não se opondo, também são irrealizáveis, pelos mesmos ao mesmo tempo. A educação começa no berço e não quando já se adquiriu os vícios que são condenáveis e que a sociedade tem o dever de preveni-los.
ResponderEliminarEu também defendo o caminho da prevenção. Mas só esclarecendo o que se passou, se pode prevenir. Se continuarmos a deixar prescrever e nos limitarmos a dizer "já passou, olhemos em frente", nunca se modificará nada. As responsabilidades têm de ser assumidas! E o perdão só funciona verdadeiramente quando há arrependimento.
Eliminar"não é de exigir-lhes muito mais do que se exige aos outros"? Desculpe, mas não concordo. É lícito exigir muito mais a quem pertence à Igreja. Porque também se confia mais. Muitos pais põem os seus filhos em instituições da Igreja, porque confiam mais nelas do que nas outras. Porque querem ter a garantia de que os seus filhos estão bem entregues. A Igreja tem responsabilidades acrescidas, ponto! É bom que os homens que a fazem (e o problema talvez esteja em serem só homens) levem a sua responsabilidade a sério!
Se acompanha com cuidado o assunto em causa deverá ter em atenção que os factos eventualmente sucedidos foram há mais de 20 anos e havendo problemas de grande profundidade a serem vividos no momento, talvez, sem esquecer os erros cometidos, fosse mais racional atender e resolver as novas situações que continuar a lavrar nessa mísera sementeira que é indigna para todos os que nela colaboraram. As pessoas são iguais em deveres e direitos e não é por ser membro de qualquer congregação que sobem qualquer patamar. Fui educador durante dezenas de anos, marido,pai e avô e a minha idade trouxe-me também alguma experiência na vida, mas não quero dizer que esteja certo na apreciação que agora faço e respeito as opiniões que são contrárias. Os meus respeitosos cumprimentos e muito grato por ter lido o meu comentário e se ter dado ao trabalho de o analisar. As maiores felicidades para si e todos os seus.
ResponderEliminarEu também compreendo a sua visão dos factos e acho igualmente que é importantíssimo investir na prevenção e/ou tratar dos casos recentes, a fim de minorar as consequências. Mas, lembre-se, caro Joaquim, que situações dessas deixam mazelas para toda a vida, independentemente de terem acontecido há vinte, trinta, ou quarenta anos. Tenho lido testemunhos de pessoas com quarenta ou mais anos de idade, que só hoje se atreveram a falar dos suplícios por que passaram e das mazelas que as acompanharam a vida inteira, impedindo-as de a viverem normalmente, atacadas por ataques de pânico, vindos do nada, ou por pesadelos constantes. Dizem que o tempo cura tudo, mas não é bem assim. Um dos desgostos que pessoas dessas têm é que não as levem a sério, é dizer-lhes: "deixa lá, já foi há tanto tempo. Esquece!". Não devemos deixar essas pessoas sozinhas! O mínimo que podemos fazer é dar-lhes ouvidos e mostrar compreensão.
EliminarObrigada, felicidades também para si e os seus.
A sua simpatia em aturar as minha opiniões e dar-se ao incómodo de contextualizá-las é para mim muito gratificante e concordo em tudo o que disse e diz, mas ainda lembro o ditado de que "não adianta chorar sobre leite derramado", embora percebamos e sintamos todo o prejuízo.
ResponderEliminarÉ um assunto que me interessa, o abuso de crianças, seja onde e de que maneira for. As pessoas que o fazem também terão problemas, mas, para mim, não há maior ato de cobardia do que abusar de quem não se pode defender.
EliminarFoi, por isso, um prazer trocar opiniões consigo.