quarta-feira, 17 de abril de 2013

Viva Charlot!






Charlie Chaplin (16.Abril.1889 / 1977)

Foi um comediante, mímico, equilibrista, ginasta, sem dúvida tudo isso e muito mais. Um génio, a bem dizer. Tal como Buster Keaton, seu contemporâneo, Charlot foi o representante de uma arte que entretanto mudou de mãos e que deixou de ter graça. Mr. Bean? Por favor!...Jacques Tati será um dos meus favoritos dos que apareceram depois. Gostos, claro. Lamento que a televisão, pública ou privada, se tenha esquecido de um dos maiores génios cómicos de todos os tempos na arte do cinema, ou lá ao que lhe queiram chamar aos pequenos filmes mudos que ele fazia e onde, por vezes, até parecia que corria um real perigo de vida com todas as piruetas, carambolas, saltos, socos, pontapés, estalas em que se via metido. Simplesmente delirante. Curiosamente, se formos a ver bem, o tipo de filmes que impera hoje na TV é exactamente o oposto ao dos filmes que Keaton, Charlot e outros, faziam. Porquê?
Criou a personagem O Vagabundo que ficou conhecido pela sua indumentária característica. Um chapéu de coco, uma bengala de bambu, um paletó apertado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número e um bigodinho ridículo. As suas maneiras refinadas e porte de cavalheiro inglês são outro aspecto inseparável da personagem bem como o seu caminhar singular.
“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nós extraviamo-nos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchara a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz a abundância, tem-nos deixado em penúria.  Mais do que máquinas precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e ternura. Sem isso, a vida será violência e tudo será perdido”.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.