A linguagem dos políticos está cada vez a ficar mais rica e
rebuscada.
Pelo contrário, a fala provinda de outras profissões está
como sempre esteve, ou cada vez pior, pelo que, no que toca à palavra dinheiro,
está pelas horas da amargura. Nem em plena luz do dia se consegue enxergá-lo, a
fim de ser calibrado, pois, agora, está na berra o termo CALIBRAR.
Assim, voltando ao enriquecimento ‘ilícito’ da linguagem
political/governamental, temos em uso e moda o ‘calibrar’ para isto, o
‘calibrar’ para aquilo, como se a sociedade portuguesa estivesse noutra
dimensão vivencial, em que o ‘tamanho’ do desnorte orçamental/governamental, ou
o ‘diâmetro da bala’ já não interessassem.
Basta o senhores da política decidirem qual/quem será a
carne p’ra canhão.
Dei comigo a surpreender-me com a ideia luminosa de um aluno
de engenharia da Universidade de Aveiro ter concebido uma simples rolha de
cortiça, munida de um chip, que fornece dados sobre o conteúdo que tal rolha
inteligente arrolha.
Logo me lembrei de quem deveria ser testado com tão
milagrosa rolha: os políticos, para sabermos com exactidão o que têm dentro de
si.
Todo o mundo sabe que o sistema de navegação conhecido pela
sigla GPS é fundamental nos dias de hoje. Antigamente usava-se o AJP – abre a
janela e pergunta.
Mas o mais caricato de tudo isto é termos sabido que a mesma
sigla para o ensino particular, em Portugal, é de autêntica subtracção (roubo
de catedral) ao ensino público, o qual, com tal sistema operativo, é de ficar
sem cheta.
José Amaral
Caro José, concordo totalmente com a obscenidade que é a utilização destas palavras assépticas, que nada adiantam nem dizem...
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