Uma “Odisseia” é uma viagem cheia de aventuras e coisas inesperadas.
Existe um canal de televisão com esse nome.
Nesse canal, assisti, as 20h30,e enquanto resisti, a um
documentário com o título “Armas mortíferas”.
Um miúdo de 19 anos foi convidado pelo exército americano para
operar o canhão de um sofisticado tanque de guerra. Convidado a ser soldado, só
por ser um bom jogador de “videogames”, com perícia em acertar nos alvos do
mundo virtual.
O entrevistador pergunta ao instrutor se essa responsabilidade
deve ser concedida a um miúdo de 19 anos. O instrutor afirma que ele é muito
bom nos “videogames”, e o miúdo afirma ser uma honra acreditarem no seu talento.
Tenho pena por este miúdo que me parece ser um bom miúdo, que
está agora a jogar com brinquedos que matam pessoas que morrem a sério.
Mas ele continua a jogar, inocentemente.
Enoja-me que existam canais destes nos “pacotes” de televisão
que subscrevemos. Vão dizer-me que tenho a possibilidade de impedir o seu
acesso aos meus filhos.
Tenho? Quando eles com 15 anos tem mais conhecimentos
das tecnologias audiovisuais do que eu?
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