“Cara Sra. Procuradora Geral da RepúblicaDepois de ler a entrevista de Fernando Madeira, ex-dono da Tecnoforma, à revista Sábado, venho por este meio denunciar alguns dados que serão certamente relevantes para as investigações que o Ministério Público está a fazer, nomeadamente sobre a ligação de Pedro Passos Coelho à Tecnoforma entre 1997 e 2001.Na altura, o sr. Passos Coelho foi efetivamente pago para presidir ao Centro Português para a Cooperação, a ONG criada pela Tecnoforma para conseguir projectos de formação profissional financiados por entidades públicas como a Comissão Europeia. Todos os meses, durante cerca de 3 anos, o Sr. Passos Coelho, que era deputado em exclusividade do PSD em exclusividade de funções, recebeu mensalmente mil contos (cerca de 5 mil euros) através de pagamentos em cheque e sobretudo de transferências bancárias.O pagamento foi acertado entre ele e o Sr. Fernando Madeira, com a intermediação do advogado João Luís Gonçalves, ex-Secretário Geral da JSD (quando Passos Coelho era o líder dos jotinhas) e também um dos directores do CPP presidido por Passos Coelho. O advogado João Luís também era pago mensalmente com 500 contos (2500 euros) para fazer parte do Centro Português de Cooperação.Os pagamentos mensais ao sr. Passos Coelho foram concretizados através das contas bancárias da empresa Tecnoforma e da empresa Liana (que pertencia ao então grupo Tecnoforma), cujas contas bancárias estavam sedeadas nos bancos Totta & Açores (hoje banco Totta Santander), BCI (Banco de Comércio e Indústria) e BCP, para a conta conjunta d Passos Coelho que estava aberto no banco Totta & Açores (Totta Santander), na dependência de Almada, na A. D. Nuno Álvares Pereira nº 80 (Pragal), onde ainda hoje se encontra.No total, o sr. Passos Coelho recebeu dezenas de milhares de euros sem que tivesse alguma vez descontado ou declarado o que quer que seja às Finanças. O dinheiro saiu sempre da Tecnoforma / Liana, mas desconheço como é que isso foi justificado internamente nas contas das empresas.Julgo, no entanto, que será fácil ao Ministério Público conseguir esses dados através da identificação das respectivas movimentações financeiras das referidas contas bancárias e do cruzamento desses dados com os relatórios e contas da Tecnoforma e do próprio Centro Português para a Cooperação.A contabilidade da Tecnoforma e do Centro Português para a Cooperação estava a cargo do contabilista Dr. José Duro.Sem mais espero que se faça justiça para o bem da nossa sociedade.Vasco”
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
A 'famigerada' carta anónima do Vasco
2 comentários:
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O lamentável é que a famigerada carta do Vasco, que descobriu o caminho para desmascarar a vigarice de alto coturno, como de costume, não vai dar em nada.
ResponderEliminarTambém acho que não. Isto só irá melhorar, no dia em que os partidos do" arco da velha exploração" (PSD/PS/CDS) quiserem alterar a lei, que permite escritórios de advogados, cujos seus profissionais, sejam ao mesmo tempo deputados,alegadamente, que fazem leis para proteger, mais ou menos directamente, os tais esquemas de corrupção.
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