1 - Afinal, não sou tão pobre como penso que sou, nem tão
rico como o galáctico Bill Gates, o que eu já sabia.
Nem sou tão Zé do Telhado ao escrever o que penso e
constato, nem tenebroso e gatuno a gerir os bens alheios postos confiadamente à
minha guarda, deixando os verdadeiros donos sem nada do que era deles.
Todavia, poderei afirmar que sou um cidadão de sucesso
natural e umbilicalmente ligado ao rincão-região que me viu nascer, só que
conscientemente não fazia tal ideia.
Nasci numa recôndita aldeia – Vila Seca (Armamar) – uma das
aldeias mais a norte do distrito de Viseu – (sendo eu vizinho do encravado triângulo
onde nasceram João de Araújo Correia, Adolfo Correia da Rocha – o nosso Miguel
Torga que infortunadamente o Nobel de Literatura não ganhou – e Aquilino
Ribeiro, para além de entre outros Homens de Letras e do Pensamento, como Abel
Botelho, Antero de Figueiredo, António Alves Martins, António Corrêa
d’Oliveira, António de Navarro, o rei D. Duarte, Fausto Guedes Teixeira, Fausto
José, João de Barros, João de Lemos e Tomaz Ribeiro -), que é parte integrante
do território apodado de Património Mundial da Humanidade, o qual, cada vez mais
deserto e envelhecido, é o nosso belo e doloroso Douro Vinhateiro, onde o Homem Duriense engarrafa o
Sol, misturando-o com o seu suor e o sumo dos cachos de uvas, retiradas dos vinhedos
postados em socalcos.
2 – Vivi, trabalhei e estudei na ‘mais nobre,
invicta e sempre leal cidade’ chamada Porto.
De lá parti, como ‘voluntário’ para defender, como centenas
de milhares o fizeram, as ‘nossas’ parcelas ultramarinas. A mim calhou-me a
Guiné.
E do Porto também saí para me casar com a mulher da minha
vida na Igreja Paroquial de São João Baptista, na freguesia de Canelas, em Vila
Nova de Gaia.
3 – Em Vila Nova de Gaia constituí família, onde nasceram os
meus três filhos e dois dos meus três netos, sendo que o terceiro é transmontano,
porque nasceu em Vila Real, passando a viver em Chaves.
E, para ultimar este meu confessado sucesso natural e
umbilicalmente ligado à Região Norte que me viu nascer, dou comigo a
comunicar-vos também que o único hotel português escolhido por uma importante revista norte-americana
sobre turismo para integrar o seu Top 100 dos melhores hotéis do mundo,
passando para o Top 25 final, o eleito português situa-se precisamente junto às
Caves do Vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia.
Resumindo: se nada ganhei monetariamente com o que descrevi
escrevendo, sinto-me muito feliz e honrado por ter nascido em Portugal, fazendo
parte deste ‘nobre povo’ e desta nossa mui querida ‘nação valente’.
Texto também publicado, em 20/10, no blogue ovar novos rumos, em carta de V.N. de Gaia
Texto também publicado, em 20/10, no blogue ovar novos rumos, em carta de V.N. de Gaia
José Amaral
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