A propósito daquele
banco
No meio das convulsões que ocorreram
no seio da banca portuguesa surgiu um Novo Banco que rapidamente começou a
transmitir uma certa estabilidade anunciando que o Banco tem capital, tem
clientes e faz referência aos seus colaboradores. É agradável sentir que os
responsáveis respeitam quem lá trabalha.
Pensávamos alguns que este assunto
iria ainda sofrer alguns ajustes como a entrada de capital, os seus
administradores definitivos, a sua designação, e até talvez o seu logótipo.
Havia algumas palavras que nos tranquilizavam quanto aos depósitos, a rede de
balcões e o pessoal que nos atendia.
Mas já está a começar uma sensação
que outra coisa está por detrás e que decorre da pressa de vender o Novo Banco.
A substituição acelerada dos responsáveis e a procura de novos “administradores”
que estejam dispostos a cumprir estas ordens - mesmo continuando a declarar que
os depósitos estão assegurados – não dará segurança aos trabalhadores – cerca de
seis mil – que afinal o banco conta com eles. Porque uma entidade bancária que o
compre irá incorporar na sua rede de balcões os do Novo Banco e ao fechar os que
duplicarem lá irão os trabalhadores.
Este Novo Banco não devia continuar
explorando a sua carteira de clientes, as linhas de investimentos que vinham de
há muitos anos, criar riqueza e manter a centenária rede bancária?
Publicado no Jornal Público de 29/09/2014
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