sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Penso, logo questiono


1 - Por que será que a Justiça ampara os poderosos e pouco faz pelos que menos podem ou dela precisam?
2 – Por que será que existe um rifão que assim reza: ‘mesa onde não há pão é mesa de ladrão’, ou será mesmo assim na actual conjuntura social?
3 – Por que será que não há natalidade, ou não será o egoísmo exacerbado que, ultrapassando todos os limites do admissível para o bem da Humanidade, seja o principal responsável pela não reprodução a fim de ser reposto o salutar equilíbrio geracional?
4 – Por que se dá tanto valor à beleza corporal e se despreza a espiritual?
5 – Por que será que um adónis ou uma afrodite não pensam que um dia serão anciãos, já alquebrados e muito pouco apelativos corporalmente, mas prenhes de enormes virtudes?
6 – Se o provérbio diz que ‘não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe’, por que razão sem razão uns estão sempre na ‘crista da onda’ e outros mergulhados nas mais profundas fossas abissais da vida, sem nunca de lá saírem?
7 – E por que será que nem eu sei muito bem se sou aquilo que penso que sou, ou se os outros cogitam de mim aquilo que eu penso que de mim pensam?
E por hoje me fico, pois se não pensasse no que pensei, o que acima questionei não o teria formulado.

Nota: este texto foi também publicado no PÚBLICO de 12/10, no DESTAK de 14/10 e no blogue Ovar Novos Rumos de 20/10

José Amaral

2 comentários:

  1. Se calhar o número 2 pode ser rectificado para "mesa onde há pão em excesso, deve ser mesa de ladrão administrador de banco."

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