Estamos na época do apanhamento da castanha. E eu -
mergulhado num pequeno souto e no silêncio aberto do bosque - dou comigo no
meio do restolho orvalhado como se estivesse numa maternidade a assistir e
activamente participar em partos, vendo os ouriços vaginais arreganhados
expulsando as crias – as castanhas.
E eu, carinhosamente, colhi imensas castanhas, as filhas dos
castanheiros do souto da minha vida, que outrora foi pertença dos meus queridos
antepassados.
José Amaral
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