sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Ecos do souto da minha vida

Estamos na época do apanhamento da castanha. E eu - mergulhado num pequeno souto e no silêncio aberto do bosque - dou comigo no meio do restolho orvalhado como se estivesse numa maternidade a assistir e activamente participar em partos, vendo os ouriços vaginais arreganhados expulsando as crias – as castanhas.
E eu, carinhosamente, colhi imensas castanhas, as filhas dos castanheiros do souto da minha vida, que outrora foi pertença dos meus queridos antepassados.


José Amaral

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.