À hora de jantar, pelas 20 horas, ao começar do telejornal,
apercebo-me de que o badalado cidadão Zeinal Bava, o supra sumo das
comunicações e das elites de gestão de sucesso, que ‘pediu’ a sua desvinculação
do cargo que ocupava - e antes que fosse apeado como um qualquer vulgar de Lineu -,
foi obsequiado com uma ‘simbólica’ indemnização de ‘apenas’ 5,4 milhões de
euros, em 36 tranches de 150 000 euros.
Mas, logo me interroguei antes que tivesse uma paragem estomacal:
1 – E por alma de quem é que vai receber tão elevada
quantia?
2 – E tal valor de onde vem?
3 – E quem vai suportar tal desfalque?
4 – E onde existe um país de marajás assim que tudo dá a
alguns e nada oferece a milhões?
5 - Ou, qual é a Justiça social que nesse país impera que é
mãe permanente para essa gente e vil madrasta para todos os restantes
familiares?
Estamos mais que fartos de ouvir tantos papagaios apregoando
que tudo está mal, quando nada de bom fizeram pela comunidade quando o podiam
fazer.
Até parece que os poleiros que ocuparam os não mereciam,
quando eles é que nunca tiveram categoria e honestidade para os ocupar.
Resumindo, a culpa da nossa actual desgraça colectiva não é
de ninguém, ou melhor dizendo, é do 25 de Abril de 1974, que não conseguiu, ao
longo de 40 anos, separar o trigo do joio, acabando de vez com a cambada de
abortos que se seguiu e contrária aos bons desígnios de tão radioso e promissor
movimento cívico.
Nota: texto também publicado pelo blogue OVAR NOVOS RUMOS, de hoje.
Nota: texto também publicado pelo blogue OVAR NOVOS RUMOS, de hoje.
José Amaral
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