Nos últimos tempos, e após o inesperado mas já esperado e
desejado 25 de Abril de 1974, tenho andado muito ensimesmado com a rota
escandalosa que vai grassando e engrossando na nossa mui querida Pátria no que
toca ao constante regabofe de uns quantos ‘iluminados’ e ao retrocesso social e
civilizacional de milhões de compatriotas.
Não quero com isto dizer que tudo foi mau ao longo dos
últimos quarenta anos. O País ficou mais colorido e apelativo, banindo-se assim
a cor cinzenta do regime com um sistema encimado por uma ‘União Nacional’ tão
fétida como o cheiro nauseabundo dos vendilhões pátrios de hoje que nos
endividaram até aos anos de 2035, prolongando-se até 2042, cem anos depois de
eu ter nascido.
Veja-se pois o que tais salafrários nos fizeram e quantas
mais gerações sacrificaram, hipotecando-as.
E, quando mais um senhor chamado Horta Osório nos vem falar
de cátedra - quiçá de maus exemplos – afirmando escandalosamente e sem um pingo
de vergonha de que não podemos continuar a viver acima das nossas
possibilidades, ou de como não podemos viver como temos vivido, PERGUNTO-LHE:
1 – Foi o Povo que levianamente assim procedeu: roubando
bancos, abatendo as frotas pesqueiras, destruindo a pouca indústria que havia,
mandando erigir obras faraónicas, pondo o seu pecúlio em paraísos fiscais?
2 – Foram as ‘astronómicas’ prestações sociais ‘esbanjadas’ com os mais
desfavorecidos que deitaram tudo a perder e o País a arder?
3 – Foi o ‘elevadíssimo’ rendimento mínimo garantido que nos
pôs a pedir esmola, ou não terá sido o fabuloso rendimento máximo garantido dado às elites, aos
administradores e a todos os saqueadores de bancos e de empresas altamente
lucrativas que puseram Portugal de rastos?
José Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.