sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A MODA POP: A MINI-SAIA CHEGA A LISBOA



O Diário Popular de 30 de Janeiro de 1967 traz na 1ª página, uma fotografia da loja Contraste, na Rua da Vitória, em Lisboa, onde todas as empregadas vestem mini-saia. “E, sem sombra de dúvida, um dos estabelecimentos mais invulgares da capital”, afirma aquele jornal, acrescentando que “oitenta ou noventa por centro (da clientela), são jovens dos 14 aos 19 anos, de ambos os sexos, à procura de umas calças roxas ou de uma saia constelada de ferragens metálicas…
Quanto às empregadas, a gerência entendeu, muito judiciosamente, que não deveriam destoar da freguesia: ei-las portanto, todas muito novas, muito esguias, muito sorridentes, de calças ou de mini-saias (sim, de mini-saias!) ”. O jornal conclui a reportagem afirmando que estas empregadas se inserem autenticamente no mundo pop.
O mundo pop era, na sua essência, um sistema de valores que criava uma certa empatia entre o público juvenil, envolvendo, na sua génese, uma musicalidade sem um ritmo específico, espectáculos no palco e uma moda visual caracterizada pelo uso de mini-saias, camisolas finas de gola alta, jaquetões imitando velhos dolmans da Marinha e calças em boca-de-sino.

Fonte: (Diário Popular edição nrº  8725, de 30 de Janeiro de 1967, no seu 25º ano de publicação, pp. 1 e 8) 



















1 comentário:

  1. Em 1967, estava na tropa na Guiné. Também era jovem e não via nenhuma miúda de mini-saia naquelas paragens. Só em sonhos.

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