domingo, 18 de janeiro de 2015

Música sobre a regionalização!

MÚSICA SOBRE A REGIONALIZAÇÃO!
Felizmente que a febre das “santas terrinhas” exigirem a promoção a concelhos já passou! Ficaram curadas com pachos frios da realidade! Agora, aí está, outra vez, o bailinho sobre a regionalização, trazida por Rui Rio, que até era contra, mas agora, só porque “talvez fosse um abanão” quer abanar o centralismo existente! Enfim, defende abanões!
Pessoalmente, já o escrevi, várias vezes, que não apoio a regionalização, porque a pequenez territorial de Portugal não a justifica! Para desenvolver, homogeneamente o pequeno território português não é necessário regionalizá-lo territorialmente, mas sim regionalizar as mentes de quem o governa!
Aqueles que invocam o exemplo das regiões espanholas fazem-se desentendidos de que tal facto derivou, como fator de união, de se manter a identidade dos povos dos antigos reinos após a reconquista cristã, iniciada em Covadonga! E se um dia o reino de Leão e Castela se juntaram, tiveram que respeitar galegos, bascos, catalães e andaluzes, através da manutenção de autonomias regionais.
E a pergunta é: dentro de cada região espanhola, alguma com a dimensão de Portugal, verificou-se uma regionalização territorial? Não. Aliás, Portugal foi a primeira “região autónoma” de Espanha, que cedo conquistou sua independência, e embora perdendo-a no período filipino reganhou-a, ao contrário da Catalunha, que ainda tenta ser uma nação independente! Pelo menos povo e língua são diferentes. António Costa, por seu lado, com a sua experiência de autarca da Capital, fala em descentralização, mas, atenção, descentralização é diferente de regionalização, com parlamentos e governos regionais!
Para mim descentralizar é o caminho a seguir, mesmo implicando centralização de poderes locais; em cada grande aérea metropolitana uma só Câmara, por exemplo. Atualmente, só haveria ganhos na existência dum só órgão deliberativo e executivo, sobre política de urbanismo, do ambiente, dos serviços públicos a prestar, na apresentação de projetos de desenvolvimento para toda a área territorial. Não seria melhor? Eu acho que sim, embora reconheça que é sempre difícil fazer reformas contra os interesses instalados, que não se coadunam com o interesse global dos povos, mas apenas dos seus, por isso é que eu admiro Mouzinho da Silveira, que no Século XIX foi aos mais de setecentos concelhos existentes e reduziu-os para metade! Atualmente, torna-se necessária a lucidez de mentes “silveiras”, para cortar no número de municípios, pois que num mundo de cada vez mais rápido acesso, via eletrónica, aos serviços públicos administrativos, não faz sentido a omnipresença do antigo hardware administrativo, Câmara e Juntas. Com pouco mais de uma Loja de Cidadão em cada dos antigos concelhos resolvia-se o problema do acesso dos cidadãos, à máquina administrativa. Cada vez mais é menos preciso sair de casa para obter informações ou serviços pretendidos, via Net. Para terminar, lembram-se do doloroso parto das uniões das freguesias? É defensável voltar atrás?
Alguém se lembra dos prejuízos do fechos dos governos civis? Aprendam a modernizar uma quinta sem dela fazerem quintalinhos.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo- Gondomar, Portugal

4 comentários:

  1. Claramente de acordo, mas com uma chamada de atenção. Cuidado com a ideia de transferir serviços (só para) a 'net. O tratamente personalizado terá sempre as suas vantagens em alguns casos; e neste momento ainda há cerca de 40% de Portugueses que não acedem à internet.

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  2. De acordo. Logo o caminho, embora não seja de absoluta "netização" dos serviços, há que aproveitá-la para facilitar a vida aos "netautas da próxima geração que está aí, à porta! Eu, eu vejo, e sinto pena de ver muitas pessoas que nem pagar a luz por multibanco sabem e vão para as filas dos correios! Todavia, a transição é rápida e essa situação, por ordem natural da vida (mortes) tende a diminuir. Cumprimentos.

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  3. Se já ninguém faz filhos, como chegaremos à 'netização'?

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  4. O mundo, por ora, ainda cresce, embora não por estes lados! Cpts

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