Meus Caros Confrades,
Em Outubro de 1988 ultimei o meu primeiro e único livro
manuscrito intitulado O LIVRO EM BRANCO.
E já vos dei a conhecer 43 páginas, que interrompi em 31 de
Janeiro de 2014.
Agora, vou continuar a desfiar para vós ‘o que ainda não foi feito’, como nos canta Pedro Abrunhosa.
em O LIVRO EM BRANCO (página 44)
Aquele pobre mendigo
Todo ele alquebrado
Não por força da idade
Mas pela vida vergado.
Caminha sem eira nem beira
Por caminhos e veredas
Tem por lar o mundo
E por tecto as estrelas.
Olha o mundo a seu modo
Nem eu mesmo o sei
Mas do modo que o vejo
Vive sozinho sem lei.
Seu leito está sempre a jeito
Faça bom ou mau tempo
Porque em qualquer soleira
Faz da vida um passatempo.
A língua não é entrave
Na sua missão terrena
É um gladiador da vida
Compreendem-no n’arena.
Vou terminar este tema
Em seis quadras singelas
Singelas como o mendigo
Sem histórias nem pagelas.
José Amaral
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