sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Ortografia portuguesa

Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, esta é uma das citações mundialmente famosa de Antoine Laurent Lavoisier, cientista francês, considerado o pai da química moderna.
Ao longo dos seculos as diversas ortografias existentes no nosso planeta foram sofrendo transformações mais ou menos profundas.
Parte-se do pressuposto que quando se altera algo é para melhor, tornando esse algo mais simples, funcional, compreensível, rentável, etc.
A ortografia portuguesa não é exceção, ao longo do tempo foi sofrendo alterações.
A maior reforma da língua portuguesa deu-se a seguir à queda da monarquia.
Com a reforma de 1911 a língua portuguesa passa de predominantemente etimológica para fonética ou seja, aproxima-se fortemente a escrita da fonética, eliminando artimanhas e rasteiras que não tinham fundamento, proporcionando principalmente às gerações vindouras uma aprendizagem mais acessível.
Na altura a população era maioritariamente analfabeta, a contestação a tamanha alteração surgiu de uma certa elite de escritores, pseudointelectuais, monárquicos, ou simplesmente de detratores que sempre existem para criticar tudo e todos.
Em 2008 finda a nova revisão ortográfica, iniciada em 1990 em coordenação com os restantes países de língua oficial portuguesa, tem como intuito principal dar uma identidade mais homogenia a nível internacional.
A equipa de linguistas encarregue desta última reforma está de parabéns pelo excelente trabalho desenvolvido, de lamentar apenas que não tenha ido mais além, certamente ficará para o futuro mais ou menos próximo.
De salientar que nas últimas décadas a gramática (análise sintática e morfológica) também tem sido consideravelmente reformulada tornando-a mais simples.
A nossa atitude em relação ao futuro deve ser sempre uma prioridade, pois só melhora quem evolui e como tal só evolui quem é inteligente, trabalhador, persistente, ousado e vanguardista.
Tal como no seculo dezoito, a famosa citação de Lavoisier continua intemporal.
Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.




                                                                                          Com amizade.
                                                                                              Araujo.

5 comentários:

  1. Eu cheguei a defender o novo acordo ortográfico, mas, depois dei a mão à palmatória, recusando-o. E, apesar de só 'melhorar quem evolui e é inteligente, trabalhador, persistente, ousado e vanguardista', EU não quero passar de cavalo a burro.

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  2. Lavoisier disse que, na Natureza .... e não em relação às obras perecíveis dos homens. Na minha opinião, que pode não estar correcta, mas é alicerçada em 30 anos a leccionar a disciplina de Português, este acordo é um aborto que só veio beneficiar? o Brasil, que pouco se incomoda com regras ortográficas. Basta essa enormidade que é a Presidente Vilma, que será uma mulher "inteligenta", decidir, contra todas as regras que deve ser tratada por "Presidenta". O prof. Malaca Casteleiro, um intransigente responsável pelo novo AO, queria deixar algo da sua passagem como professor universitário na área das Letras. Não sendo um artista na construção das frases introduziu-se na construção das palavras. Deu, no que deu. Os deputados, ignorantes e servindo interesses comerciais, aprovaram de cruz. Naturalmente que tudo evolui, e o vocabulário e as regras ortográficas também, mas essas alterações não podem ser ilógicas, como as que neste caso estão patentes.

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  3. Não vamos mais longe, apesar de eu ser, em relação a tantos confrades, um grosseiro analfabeto. Mas, vejamos só este aleijão linguístico - EGITO - nome de país agora sem P, ao mesmo tempo que o habitante se escreve EGÍPCIO.

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  4. Eu conheço a citação na integra, parto do principio que tudo o que existe no universo faz parte da natureza.
    Presunção e água benta cada um toma a que quer.
    Sem mais comentários.

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  5. Cada um exprime-se conforme a sua formação e essa é também uma realidade indesmentível.

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