Nada se
cria, nada se perde, tudo se transforma, esta é uma das citações mundialmente
famosa de Antoine Laurent Lavoisier, cientista francês, considerado o pai da química
moderna.
Ao longo dos
seculos as diversas ortografias existentes no nosso planeta foram sofrendo
transformações mais ou menos profundas.
Parte-se do pressuposto
que quando se altera algo é para melhor, tornando esse algo mais simples,
funcional, compreensível, rentável, etc.
A ortografia
portuguesa não é exceção, ao longo do tempo foi sofrendo alterações.
A maior
reforma da língua portuguesa deu-se a seguir à queda da monarquia.
Com a
reforma de 1911 a língua portuguesa passa de predominantemente etimológica para
fonética ou seja, aproxima-se fortemente a escrita da fonética, eliminando
artimanhas e rasteiras que não tinham fundamento, proporcionando principalmente
às gerações vindouras uma aprendizagem mais acessível.
Na altura a
população era maioritariamente analfabeta, a contestação a tamanha alteração
surgiu de uma certa elite de escritores, pseudointelectuais, monárquicos, ou
simplesmente de detratores que sempre existem para criticar tudo e todos.
Em 2008
finda a nova revisão ortográfica, iniciada em 1990 em coordenação com os
restantes países de língua oficial portuguesa, tem como intuito principal dar
uma identidade mais homogenia a nível internacional.
A equipa de
linguistas encarregue desta última reforma está de parabéns pelo excelente
trabalho desenvolvido, de lamentar apenas que não tenha ido mais além,
certamente ficará para o futuro mais ou menos próximo.
De salientar
que nas últimas décadas a gramática (análise sintática e morfológica) também tem
sido consideravelmente reformulada tornando-a mais simples.
A nossa
atitude em relação ao futuro deve ser sempre uma prioridade, pois só melhora
quem evolui e como tal só evolui quem é inteligente, trabalhador, persistente,
ousado e vanguardista.
Tal como no
seculo dezoito, a famosa citação de Lavoisier continua intemporal.
Nada se
perde, nada se cria, tudo se transforma.
Com amizade.
Araujo.
Eu cheguei a defender o novo acordo ortográfico, mas, depois dei a mão à palmatória, recusando-o. E, apesar de só 'melhorar quem evolui e é inteligente, trabalhador, persistente, ousado e vanguardista', EU não quero passar de cavalo a burro.
ResponderEliminarLavoisier disse que, na Natureza .... e não em relação às obras perecíveis dos homens. Na minha opinião, que pode não estar correcta, mas é alicerçada em 30 anos a leccionar a disciplina de Português, este acordo é um aborto que só veio beneficiar? o Brasil, que pouco se incomoda com regras ortográficas. Basta essa enormidade que é a Presidente Vilma, que será uma mulher "inteligenta", decidir, contra todas as regras que deve ser tratada por "Presidenta". O prof. Malaca Casteleiro, um intransigente responsável pelo novo AO, queria deixar algo da sua passagem como professor universitário na área das Letras. Não sendo um artista na construção das frases introduziu-se na construção das palavras. Deu, no que deu. Os deputados, ignorantes e servindo interesses comerciais, aprovaram de cruz. Naturalmente que tudo evolui, e o vocabulário e as regras ortográficas também, mas essas alterações não podem ser ilógicas, como as que neste caso estão patentes.
ResponderEliminarNão vamos mais longe, apesar de eu ser, em relação a tantos confrades, um grosseiro analfabeto. Mas, vejamos só este aleijão linguístico - EGITO - nome de país agora sem P, ao mesmo tempo que o habitante se escreve EGÍPCIO.
ResponderEliminarEu conheço a citação na integra, parto do principio que tudo o que existe no universo faz parte da natureza.
ResponderEliminarPresunção e água benta cada um toma a que quer.
Sem mais comentários.
Cada um exprime-se conforme a sua formação e essa é também uma realidade indesmentível.
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