sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Roussel acusa Charb

Já não haverá muito para dizer sobre este caso. 
Passada uma semana do atentado, de cabeça fria, a reflexão começa a trazer ao de cima outras perspetivas. 
Finalmente, conheci hoje a posição do Papa. Aguardava por ela: "não se insulta a fé dos outros nem se mata em nome de Deus". Cem por cento de acordo.
Também hoje descobri uma posição que manifesta um pensamento que me ocorreu um dia ou dois depois da morte bárbara dos 12 jornalistas do Charlie Hebdo: as ameaças de morte recebidas por Charb (diretor morto naquele dia) deviam tê-lo feito ponderar a publicação dos cartoons de Maomé. Um dos fundadores do dito jornal, Henri Roussel, 80 anos, teve a sua crónica publicada no Nouvel Obs, onde culpa o director pela morte dos colegas, ou por outras palavras,  acusa Charb de "arrastar a equipa" para a morte ao publicar as caricaturas do profeta Maomé.
Estas declarações de alguém como Roussel estão a gerar polémica em França. É bom reflectir sobre tudo isto, partindo de vários olhares e não apenas dizendo «Je suis Charlie».
P.s.- e não foram apenas os seus colegas que Charb«arrastou» (involuntariamente,claro) com a sua teimosia ou  "cabeça dura" (palavras de Roussel). Foram também pessoas inocentes que se viram envolvidas como reféns dos terroristas.


1 comentário:

  1. Isto vai ao encontro da posição do Papa Francisco, que, na sua bondade e bom senso, lembra que não se deve achincalhar as religiões dos povos.

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