terça-feira, 20 de janeiro de 2015

em O LIVRO EM BRANCO - páginas 49 e 50



nota: poemas anteriores a outubro de 1988

Vidas sombrias

Estava absorto com a sombra dantesca do futuro
Futuro sombrio pairando no ar
Ar viciado de grotescas ideias
No complexo mundial da vida.

Ideias idiotas e animalescas
Na vida de gentes sem vida
Vivendo cenas carnavalescas
Animando falsos bobos
Que bobos nos tornam também
Mas senhores eles ficam
Das momices que fizeram
Tornando nossas vidas labirinto
Em desalinho constante
Que não permite a ninguém
Viver somente um instante
Que não permite pensar
Nem tão-pouco raciocinar
Na encruzilhada da vida
Por eles forjada
E por nós vivida.


Meu primeiro poema 88

Amor verdadeiro, como classificá-lo?
Os degraus-pedestal
Atolados foram.
A beleza poética,
De dimensão inimaginável,
Parece-me um compasso,
De notas mal urdidas,
Com tons cinzentos,
Sem o arco-íris da Vida
De tal Amor.


José Amaral


Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.