nota: trabalhos urdidos
antes de outubro de 1988
Divagação poética
Se todo o homem visse
o mundo
Como o poeta o vê
Os olhos não veriam
armas,
As armas nada seriam,
As guerras nem no
papel,
A fome não seria fome,
Era a fome da fartura
(Não a fartura da
fome)
Era o libertar d’amargura,
O mal não seria mal
Era o bem de todos
nós.
Quem manda não é
poeta,
É tudo – ou é pateta?
Três pensamentos:
. A cultura deve ser ingerida em pequenas doses para surtir
efeito; não deve ser servida por míopes, nem imposta pela lei.
. O trabalho honesto pode não dar dinheiro, mas dá riqueza
espiritual a quem o pratica.
. Não se deve invejar a vida alheia; a nossa, é a caminhada
do nosso próprio ser no terreno por nós urdido, ou é o fruto da amálgama
social da nossa própria existência.
José Amaral
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