Sendo engenheiro por formação e
adepto incondicional da ciência da computação em todos os níveis, vi com imensa
alegria uma noticia estampada nos principais portais da internet, que traz a
seguinte manchete: “EMPRESA CHINESA CONSTRÓI PRIMEIRO EDIFÍCIO DO MUNDO COM UMA
IMPRESSORA 3D”.
Para aquelas pessoas não acostumadas
com computação, uma impressora 3D diferentemente de uma tradicional (papel e
tinta), ela produz o objeto previamente concebido no computador, usando no
lugar da tinta, um material inicialmente pastoso que possa ser posteriormente
endurecido, que vai desde plásticos a rezinas de alta resistência e agora
concreto e outros materiais usados em estruturas.
A empresa WinSun já era conhecida a
algum tempo por um projeto de casa, impressa em 3D feito em Xangai, na China. A construtora
chinesa mostrou como uma impressora de 6,7 metros de altura — que custa 5 mil
dólares — pode produzir paredes inteiras em poucos minutos. Usando uma
combinação de cimento e fibra de vidro como material, a estrutura feita pela
impressora custa metade do preço de uma construção convencional; o mais
impressionante é que o material usado para construir as paredes é reciclado de
construções antigas.
A empresa aceitando um desafio maior
conseguiu, com esta nova tecnologia, construir um prédio de cinco andares que
pode ser visto no Parque Industrial de Suzhou, na China. Na elaboração no
projeto, a empresa pensou em todos os detalhes, com elementos decorativos na
parte externa e interna.
As paredes impressas em 3D são ocas e
a massa é aplicada em formato de zigue-zague, deixando espaço para o isolamento
interno, utilizando material reciclado
e com até 70% de rapidez em relação à
construção tradicional.
Outra notícia sobre o assunto veio
recentemente da lendária Itália, com o
titulo: “CASAS IMPRESSAS EM 3D COM LAMA PODEM SER SOLUÇÃO ACESSÍVEL”.
Italianos desenvolveram uma impressora
3D que é capaz de usar lama (terra, argila e fibra) para construir casas. A
ideia por trás do projeto é de promover um recurso prático e acessível para que
habitações sejam construídas de maneira ágil em qualquer parte do mundo. As
aplicações da tecnologia vão de ações emergenciais em áreas afetadas por
calamidades à criação de residências baratas em comunidades de baixo poder
aquisitivo.
Neste caso, a impressora é formada
por um conjunto que tem 6 metros de altura. Portátil, o equipamento pode ser carregado
num caminhão e montado no local da construção em duas horas. Montada, a
impressora é capaz de construir casas com até 3 metros de altura.
Um dos projetos pioneiros no uso
direto das impressoras 3D, na construção civil, teve início na Universidade do Sul da Califórnia com uma
versão gigante capaz de construir
uma casa inteira em menos de 24 horas.
Esta solução pode rapidamente
construir uma estrutura completa a partir de um projeto de computador. Ela
também produz estruturas muito mais fortes do que os métodos
tradicionais de construção e, enquanto o sistema ergue as paredes com
concreto, trabalhadores ficam responsáveis pelo acabamento, tornando o processo
muito mais rápido e eficiente.
Esta impressora gigante foi projetada pelo
professor Behrokh Khoshnevis , com proposta de revolucionar a indústria da construção.
Com a consequente redução de custos,
tornaria viável a possibilidade de que milhões de pessoas de baixa renda
tivessem moradias decentes, além de poder ser usada para reconstruir áreas
devastadas por guerras e desastres naturais.
Acredito que o impacto na mão de obra
ficará dentro dos limites toleráveis, tendo em vista a compensação pela grande
quantidade de unidades construídas, concentrando principalmente nos
trabalhadores responsáveis pela
alimentação da impressora e no pessoal encarregado do acabamento.
Já havia fechado este artigo quando
nos chegam informações de que
cientistas alemães conseguiram fazer uma réplica, muito bem elaborada, do que seria o teletransporte (transpor
objeto de um lugar para outro) através da impressão 3D. Foram utilizadas duas
Impressoras ligadas: na primeira próxima, é inserida o objeto, que vai sendo destruído e ao mesmo tempo
fotografado; a segunda distante, recebe as informações através do computador
reproduzindo o objeto.
Artigo publicado no jornal
brasileiro Diário da Manhã no dia 30/01/2015
Site do jornal: http://www.dm.com.br/
Fiquei impressionado.
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