sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

IMPRESSÃO 3D: UMA NOVA TECNOLOGIA QUE VEIO PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA DE MORADIAS

Sendo engenheiro por formação e adepto incondicional da ciência da computação em todos os níveis, vi com imensa alegria uma noticia estampada nos principais portais da internet, que traz a seguinte manchete: “EMPRESA CHINESA CONSTRÓI PRIMEIRO EDIFÍCIO DO MUNDO COM UMA IMPRESSORA 3D”.
Para aquelas pessoas não acostumadas com computação, uma impressora 3D diferentemente de uma tradicional (papel e tinta), ela produz o objeto previamente concebido no computador, usando no lugar da tinta, um material inicialmente pastoso que possa ser posteriormente endurecido, que vai desde plásticos a rezinas de alta resistência e agora concreto e outros materiais usados em estruturas.
A empresa WinSun já era conhecida a algum tempo por um projeto de casa, impressa em 3D  feito em Xangai, na China. A construtora chinesa mostrou como uma impressora de 6,7 metros de altura — que custa 5 mil dólares — pode produzir paredes inteiras em poucos minutos. Usando uma combinação de cimento e fibra de vidro como material, a estrutura feita pela impressora custa metade do preço de uma construção convencional; o mais impressionante é que o material usado para construir as paredes é reciclado de construções antigas.
A empresa aceitando um desafio maior conseguiu, com esta nova tecnologia, construir um prédio de cinco andares que pode ser visto no Parque Industrial de Suzhou, na China. Na elaboração no projeto, a empresa pensou em todos os detalhes, com elementos decorativos na parte externa e interna.
As paredes impressas em 3D são ocas e a massa é aplicada em formato de zigue-zague, deixando espaço para o isolamento interno, utilizando material   reciclado e  com até 70% de rapidez em relação à construção tradicional.
Outra notícia sobre o assunto veio recentemente da lendária  Itália, com o titulo: “CASAS IMPRESSAS EM 3D COM LAMA PODEM SER SOLUÇÃO ACESSÍVEL”.
Italianos desenvolveram uma impressora 3D que é capaz de usar lama (terra, argila e fibra) para construir casas. A ideia por trás do projeto é de promover um recurso prático e acessível para que habitações sejam construídas de maneira ágil em qualquer parte do mundo. As aplicações da tecnologia vão de ações emergenciais em áreas afetadas por calamidades à criação de residências baratas em comunidades de baixo poder aquisitivo.
Neste caso, a impressora é formada por um conjunto que tem 6 metros de altura. Portátil, o equipamento pode ser carregado num caminhão e montado no local da construção em duas horas. Montada, a impressora é capaz de construir casas com até 3 metros de altura.
Um dos projetos pioneiros no uso direto  das impressoras 3D, na construção civil,  teve início na  Universidade do Sul da Califórnia com uma versão gigante capaz de construir uma casa inteira em menos de 24 horas.
Esta solução pode rapidamente construir uma estrutura completa a partir de um projeto de computador. Ela também produz estruturas muito mais fortes do que os métodos tradicionais de construção e, enquanto o sistema ergue as paredes com concreto, trabalhadores ficam responsáveis pelo acabamento, tornando o processo muito mais rápido e eficiente.
Esta impressora  gigante foi projetada pelo professor Behrokh Khoshnevis , com proposta  de revolucionar a indústria da construção. Com a consequente  redução de custos, tornaria viável a possibilidade de que milhões de pessoas de baixa renda tivessem moradias decentes, além de poder ser usada para reconstruir áreas devastadas por guerras e desastres naturais.
Acredito que o impacto na mão de obra ficará dentro dos limites toleráveis, tendo em vista a compensação pela grande quantidade de unidades construídas, concentrando principalmente nos trabalhadores  responsáveis pela alimentação da impressora e no pessoal encarregado do acabamento.
Já havia fechado este artigo quando nos chegam  informações de que   cientistas alemães conseguiram fazer uma réplica, muito  bem elaborada, do que seria o teletransporte (transpor objeto de um lugar para outro) através da impressão 3D. Foram utilizadas duas Impressoras ligadas: na primeira  próxima, é inserida o objeto,  que vai sendo destruído e ao mesmo tempo fotografado; a segunda distante, recebe as informações através do computador reproduzindo o objeto.

Artigo publicado no jornal brasileiro Diário da Manhã no dia 30/01/2015

Site do jornal: http://www.dm.com.br/

2 comentários:

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