As gentes da minha terra
As gentes da minha
terra
têm verões de fogueira
e invernos de
solidão.
Os seus actos não têm
fim:
suam, vergados p’rà
tumba,
sem palavras de
ocasião,
só lindas de ser
ouvidas,
estéreis, ocas de
tudo.
Os seus actos não têm
fim:
labutam como a
formiga,
não cantam como a
cigarra,
pois só contando
consigo,
terão tudo, menos
parra.
Nota: poema anterior
a outubro de 1988
José Amaral
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