Os atentados de Paris, de 7
Janeiro, são criminosos e condenáveis, seja qual for o ponto de vista da sua
análise.
Os actos terroristas, como é
habitual, para além de atingirem inocentes, acabam por promover quase sempre, o
que indicam ser seu objectivo combater.
Discordar ou concordar com dogmas
e figuras religiosas, está ao mesmo nível de concordar ou discordar com
críticas ou sátiras aos mesmos.
«Tudo está perdoado» (Tout est
pardonné), foi a primeira página do Charlie Hebdo após a violência irracional
que o atingiu.
«Tudo está perdoado», não deixa
de constituir também uma mensagem para muitos dos responsáveis políticos e
governamentais, que numa mistura de protocolo e hipocrisia, desfilaram em Paris
no dia 11, colando-se a milhões de pessoas que manifestaram sentida indignação.
Não pode ser levada a sério, a participação
na manif de Paris, daqueles que a nível do seu país ou no âmbito internacional,
desenvolvem ou apoiam políticas que vão desde a promoção da pobreza, miséria e
exclusão social até à ingerência e agressões a outros povos, lançando sementes
para germinarem a violência terrorista, conflitos religiosos e étnicos,
xenofobia e fascismo.
Sábias palavras as suas, Caro Ernesto Silva.
ResponderEliminarEu, certamente - em outras paragens - já teria sido liquidado, uma vez que PENSAR também É TRANSGREDIR.