quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

É SÓ AJUDAR OS OUTROS...E OS NOSSOS?

Ana Isa Dias
Quanta propaganda e pedidos de solidariedade e apoios têm vindo a ser solicitado e feito, através de toda a rede da imprensa portuguesa, nestes últimos tempos, em prol e a favor e a fim de ajudarmos os refugiados, que devidos aos conflitos instalados nos seus países de origem, têm sido vítimas, inocentes e sem qualquer dúvida e lhes tem sido devastado por completo o sossego e a paz das suas vidas e a tranquilidade dos seus lares, que todos nós, seres humanos temos o direito a ter, por direito próprio.  
Mas não será que em Portugal não haverá igualmente muitas vitimas inocentes a necessitar de ajuda? Claro, e obviamente que sim.
Isto vem a propósito de uma notícia publicada, na edição de hoje dia 9 de Dezembro, na página nrº. 25 do Jornal de Notícias, digna da maior atenção e do maior reparo e atenção que possa ser dada, por parte, em especial dos responsáveis e mais concretamente das entidades competentes, isto é por parte, em especial, perlo Instituto Segurança Social, I.P.-Centro Nacional de Pensões.
É o caso especial, que o Jornal de Notícias deu o devido e humano relevo com a chamada de atenção e com o título, “Mãe e filha doentes têm 77 euros até ao Natal”.
A citada notícia que deverá decerto modo ferir o coração de qualquer ser humano que tenha lido a edição de hoje do JN, mas mais em especial deve decerto modo ou deveria, fazer corar de vergonha, os responsáveis por aquela instituição de solidariedade (?), que se devem, contudo estarem nas “tintas” para casos semelhantes, ao da Ana Isa Dias de Setúbal, de 55 anos, que para além de estar desempregada, tem ainda mais o esforço diário para que tem que ter para não só cuidar de si que (padece de Parkinson), e da filha de 21 anos que sofre de paralisia cerebral.
Como sempre as ajudas da Segurança Social “são insuficientes”, referiu ao jornal a citada Ana Isa Dias, e passei a citar, e são sempre ignoradas por aquela instituição de solidariedade, em todos os casos semelhantes, àquele...pois há muitos mais casos iguais, por este país, de norte a sul. Mas o mais importante, para fazer ver ao mundo, é ajudar os outros…os outros, são os vizinhos, aqueles (claro, que nem todos), que nos querem invadir, e nada e nunca fizerem algo por este pequeno País.
Perante casos igualmente passados com os “nossos”, infelizmente não são devidamente analisados e dadas as devidas ajudas e atenções, que tanto merecem, mais do que aqueles que vêem fugidos dos seus países…sabemos lá, alguns, porque e com que intenções. 

(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45.762 do Diário de Notícias da Madeira de  18 de Dezembro de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição do Jornal de Notícias de 20 de Dezembro de  2015)

MÁRIO DA SILVA JESUS

1 comentário:

  1. Caro Sr. Mário Jesus,
    Partilho da sua revolta perante casos como o que refere. Compreendendo-a profundamente, custa-me a entender que o senhor se revolte também contra a ajuda que devemos dar aos refugiados. Mais que não seja, pense que a “Ana Isa”, para além da desgraça que vive neste pacífico País, se estivesse no lugar dos refugiados, teria ainda uma desgraça maior às costas: arrastar-se a si e à filha para sítios onde não caem bombas. Acha que as “Anas Isas” de lá (que as há na Síria, no Iraque ou no Afeganistão) não merecem ajuda só porque um conjunto de governantes cínicos de cá colocou os interesses dos mercados à frente dos do povo? Quanto à sua ideia de que “eles”, apesar de nunca terem feito nada pelo nosso pequeno País, nos querem “invadir”, não me parece que assim seja. As notícias informam que não somos as paragens das suas preferências. Por que será? Devem suspeitar – a informação global é, hoje, uma realidade – que, por estas bandas, já há “Anas Isas” suficientes. Uma coisa lhe garanto, sr. Mário Jesus: da sorte deles ninguém está livre, como se viu na Europa das duas Grandes Guerras. E acho sinceramente que devemos lutar contra a pobreza e o sofrimento, em Portugal e em qualquer parte do Mundo. Contra todos os que empurram os indefesos para a indigência, com ou sem bombas, sejam Assad’s ou outros engravatados.

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