quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

SEM AVISO

Quase sem aviso
o beijo aconteceu.

Como poema calado
cresceu lentamente,
maré mansa,
que vira fogo
ateado pela urgência do desejo.

Perdido na ponta do medo
surgiu assustado
mas logo se agigantou
explorando os sentidos
com mestria de escultor
e delicadeza de tela pintada a pastel.

Colou-me na pele pigmentos carmim,
sugou-me a alma e o sentir,
tornou-me amante insuspeita
de dias calmos e noites errantes
em que apenas o desejo tem voz.

E do beijo nasceu a entrega
e da entrega, a melodia dos corpos em chama...
poema vivo,
salpicado por gotas de mar,
em tons de êxtase .

© Graça Costa


11 comentários:

  1. Bem-vinda Senhora poeta ( ou poetisa?). Muito bom!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito obrigada...
      Ousei mostrar esta outra minha face...
      Fico grata por ter lido ...
      Obrigada

      Eliminar
  2. Respostas
    1. eu é que agradeço...
      A poesia tem sido uma descoberta de uma Graça que nem eu mesmo conhecia.
      Tem sido interessante, desvendá-la.
      Obrigada.

      Eliminar
  3. No comentário acima ficou "demais", quando deve ser "de mais"

    ResponderEliminar
  4. E não é 'de mais' bebermos poesia e que ela seja repartida - bebida - pelos 'demais'. ........... Ais meus como estais?

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.