Decerto que com este escrito, vou passar a partir de hoje e por certo, a ser visto, por a ser incorrectamente "impopular", pouco simpático e anti-funcionalismo público, mas como me sinto um homem livre, num país livre pelo menos, no que diz respeito ao direito à livre expressão de pensamento e de escrita (por enquanto, e até ver...), atrevo-me a dar minha opinião acerca do aumento de horário de trabalho dos trabalhadores da função pública, e é para isso que este "blogger" existe e serve tendo como missão, que cada um de nós possa "botar opinião", quer se goste ou não.
O facto da nova lei, que aumenta de 35 horas para 40 horas o horário semanal na Função Pública, já entrou em vigor, mas só terá efeitos práticos no final de Setembro, tem vindo a fazer queimar muita tinta e folhas de jornais tanto na imprensa escrita, muita opinião da imprensa falada. Aquela classe está-se a sentir de certa forma perseguida pelo facto de terem que passar a trabalhar mais 5 horas semanais. Será que esta classe de trabalhadores sentem-se diferentes dos trabalhadores do privado, que a maioria trabalha muitas vezes mais dos que as 40 horas semanais estabelecidas?
Para não falar, para já, nas regalias que usufruem, em questão de taxas moderadoras nos hospitais e possibilidades de escolherem, por exemplo, as clínicas dentárias parta serem tratados e hospitais etc., etc. para não falar nas questões de aposentação (até nisto são diferentes do privado...não se diz reformados...eles são aposentados), e às vezes com menos anos de serviços prestados para efeitos de aposentação dos que os do privado. Tenho um exemplo...tenho 48 anos de carreira contributiva para a Segurança Social, e tenho que esperar até aos 65 anos, para poder ter direito à minha "reforma"...ah!,e tenho dias que trabalho mais de 10 horas e não recebo horas extraordinárias, nem recebo dias de compensação...
Mário da Silva Jesus
O problema não está na igualdade de horário por uma questão de justiça. Com as novas tecnologias o que devia ser feito era reduzir os horários dos outros trabalhadores para as 35 horas, o que seria mais apropriado, evitando assim que surja uma classe de pessoas que nunca irão ter ocupação e, possivelmente, acabarão por ser internadas em campos de desempregados. Historicamente os horários de trabalho têm vindo sempre a reduzir, dado o contributo que as máquinas vêm dando para a produção e não é aumentando os horários que se faz justiça social. Lamentavelmente, porque estamos a ser governados por gente pouco sagaz, as coisas resolvem-se para o momento e não para o futuro. Por uma questão de má formação de carácter, os que estão prejudicados, em vez de contribuírem para a elevação das suas situações, ficam satisfeitos com a descida dos outros, seus irmãos.
ResponderEliminarDeve haver um artigo na Constituição que define que funcionários públicos trabaham menos 5 horas. É só uma questão do TC procurar.
ResponderEliminarA brincar e sem brincar estou a ficar muito baralhado com a igualdade/diferenciação constitucional dos funcionários públicos|