A posse das empresas
não deve implicar a sua gestão
(DN 10.07.2014, com outro título)
Está provado que uma primeira geração cria riqueza ou
empresa, a segunda mantem-na e a terceira destrói-a.
Está provado que “isto”, não sendo exclusivo nosso, cá por “nós”
é predominante, e rara é a empresa familiar portuguesa, que não segue este
“lastimoso destino”.
Como é evidente, não é nada fácil quebrar este ciclo vicioso
e não virtuoso, dado que a posse da empresa associada à sua gestão é vivida em
família, e dificilmente assumida a hipótese de separar posse, de gestão.
E, quem cria a empresa fá-lo com muito esforço e vive tudo
com muita intensidade, quem a conserva já o faz como “algo adquirido”, quem o
desfaz já nem sabe o que faz.
Por outro lado, sendo a família a relação mais interessante
que une, ou desune o ser humano, é uma enorme fonte de complicações e também de
cumplicidades.
Se a “isto” se juntar uma empresa onde outros conflitos e
outros interesses são permanentes, nada de positivo “por norma”, acontece.
Por outro lado as famílias crescem fazendo “entrar “ membros
de outras famílias, com inerentes particularidades e desavenças. E, todo este
caldo quando misturado dá sempre e inevitavelmente, mau resultado.
E, como nós – Pessoas – somos primorosos a não querer
encarar de frente estes problemas, por norma vamos conseguir destruir as
famílias, e as empresas. Ficando todos a perder, e até o País, por mais pobre
ficar.
Como na nossa permanente, e até por tantos tão gabada “falta
de pontualidade, “ tão nossa característica”, será indispensável sermos
“pontualíssimos”, também e logo a 2ª geração familiar, numa empresa, deve
passar a ter a capacidade e a “coragem”, para separar por “norma” a posse, da
gestão. E em casa não se fala da empresa, fala-se da Família.
E, em reuniões anuais
ou com outra periocidade as famílias, fora de casa, aí na empresa, a família,
tem que saber o que e passa com a “sua empresa”, mas a gestão executiva e
quotidiana, nunca, mesmo nunca, deve-lhes ser atribuída. E claro que não devem
viver “unicamente” de rendimentos – por muito elevados que possam ser -, devem
ter outra profissão e receber os dividendos da “sua empresa” mas não a gerir,
dado que o fazem mal.
Todos beneficiaríamos se “isto” fosse por todos
interiorizado, e visse a acontecer, mas os exemplos de “isto raríssimas vez
ocorrem”, e o inverso é-nos dado a conhecer, dia a dia. E não nos emendamos,
por forma a não errar sempre “no mesmo desacerto”, e podermos a nível
particular, pessoal, familiar e empresarial ter um futuro muito melhor! Todos!
Será impossível?
Augusto Küttner de Magalhães
Sábias palavras, as suas. Tem toda a razão e a verdade é essa.
ResponderEliminarE é pena dado que se repete, repete, como se fosse sempre a primeira vez........e vai assim continuar.......
ResponderEliminarNão está nada provado em lado nenhum. Muito pelo contrário: os ricos portugueses que por cá se governam são as mesmas famílias há dezenas de anos.
ResponderEliminarTudo o que se diz dos Portugueses tem cheirinho a racismo: os Portugueses são assim e os Patagónicos são assado.
Brilhante a habilidade com que se toca este tema sem dizer uma palavra sobre o sistema politico(regime) que permite alguns desvarios que se afloram. Só pela habilidade parabéns.
Mas como diz a canção: a mim não me enganas tu.......
Não deve ser para entender., o que aqui escreve.....basta viver neste País e constactar o que se pasou e passa.
EliminarMas fique na sua!
Augusto