As novas escravaturas
Sobre o flagelo da escravatura e que terá sido
abolida durante o século XIX (em muitos casos só no papel) ainda haverá muito a
fazer até ser implantado em todo o planeta o respeito pelo ser humano.
Vem
isto a propósito da utilização no nosso País de vagas de “migrantes” que apesar
de serem milhares parece que ninguém sabe como chegam, e raramente se fala das
condições em que vivem e se actua em defesa de trabalho de rosto humano. Esta
maneira de proceder e a falta de fiscalização oficializa uma verdadeira
escravatura
Choca muito, também, rematarem estas noticias com: os
portugueses não querem trabalhar, só querem receber subsídios; lá procurarem
emprego já não é com eles… Há trabalho na apanha da azeitona, nas vindimas… mas
os nossos desempregados nem querem ouvir falar disso.
Pois é! Como é que alguém vai aceitar uma ocupação
nos confins de quatro mil hectares sem ter ao menos uma casa de banho para no
fim de um dia de trabalho ter um banho? Já não estamos nos tempos dos bárbaros
nem das cruzadas. Porque é que localmente não se organizam acomodações dignas
para alojar esta mão-de-obra sazonal?
Os portugueses querem trabalhar, querem viver de um
ordenado digno para constituírem família, terem filhos. Os portugueses querem
escolher e comprar. Os portugueses não querem viver de sopas.
Publicado no Diário de Noticias de 23/12/2013 com
alguns cortes.
Retomo este assunto face a notícias que estão a ser difundidas
sobre o trabalho dos Tailandeses em Odemira
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