Hoje é Domingo e faz
calor, está agradável, há uma quantidade absurda de joanetes de molho na praia,
acontecem piqueniques, pagam-se as promessa
de almoços dominicais de família, os desleixados ficaram esparramados no sofá, em
módulo de recuperação para a semana que começa amanhã.
Israel continua a trucidar
inocentes num sítio que o gps, por
conveniência não reconhece, e que não afecta ninguém. O presidente da Junta – boçal
por vontade própria, ou por natureza primordial – boceja de tédio dada a
degradação fisiológica natural num ser apoucado. O primeiro do presidente berra
para os microfones (os microfones são a epítome contemporânea do poder do verbo),
antes de soprar velas, no encontro do seu grupo de escuteiros: se há um gajo,
mais comuna que os comunas, a defender a sopa do “Sidónio”
a custo da compaixão para todos, é o primeiro. Os betos da linha – família na
primeira linha na missa dos domingos nos Salesianos, cilícios da opus em clímax frementes nas coxas volumosas , indigentes de luxo (é o que
vem nas revistas, não deve ser verdade: recebem as tias, os primos, os
enteados, os bastardos, pensões de miséria do “pater família” para andarem entretidos nas sopas dos restaurantes
do Guincho). Os da oposição, não se entendem – que isto da adicção ao poder é
uma toxicodepêndencia – outros ainda mais à esquerda, manta de retalhos, estão
num processo de suicído colectivo com estilo. Os da direita, gramáticos, inventores
de novas sinonímias da língua
(irrevogável, diz-vos algum coisa?) buscam abrigo na “casa portuguesa”, recanto
da paz e harmonia, eflúvio telúrico de slogans inovadores para campanhas
futuras sobre a luta pela natalidade, a agricultura, o mar nosso, e deus nosso
senhor, que nos acompanhe para o bem e para o mal.
Com este cenário
refrescante, o que é que apetece? Chupar no caracol, uma cerveja gelada e
torcer pelos alemães. Isto porque os argentinos têm o Messi, que nós não gostamos
porque o comparam sempre com o nosso Ronaldo – indivíduo superior, com muito
mais classe, veja-se o seu estilo caviar nos anúncios para bancos credíveis e
solventes.
Amanhã vai ser um dia
perfeitamente igual ao de hoje.
O senhor continuará
apoucado, mas ainda assim perigosíssimo; o primeiro do senhor continuará
embrenhado no seu grupo de escuteiros ( ultrapassar aquela prova dos nós e
todas essas complicações da vida na natureza) , as praxes partidárias e coiso e tal e coiso e tal;
os oponentes, que não se entendem - e nós que também não os entendemos -
alegremente empenhados no processo da eutanásia assistida; o mundial que acaba
sem a glória do Brasil (Portugal e bem, não foi a jogo: vai ganhar em 2018 e
isto foi só um treino para os suplentes).
Israel, invariavelmente, vai continuar a matar
palestinos, até que os consiga matar a todos, a menos que alguém , e não se
está a ver quem, abra as portas daquele campo de concentração, para que os
inocentes fujam.
Julho é um mês de muita
despreocupação: o calor, a sardinha, o coquitailhe
ao fim do dia, tudo isto, leva-nos a desconfiar da seriedade e propósitos desta
historieta e que seguramente visam interesses e conluios por debaixo da mesa!
A pessoa que escreveu isto
não é de confiar!
Vir agora em pleno verão
falar de misérias, tristezas, ressabiamentos, sopas do “Sidónio”...presidentes
insanos, grupos de escuteiros de má fé, banqueiros ateus!
E ainda com a lata dos
coitadinhos dos palestinos e que os judeus é que são os maus da fita e coisa e
tal e coiso e tal?
Deve ser maçon! Ou da
Opus!... ou até mesmo do governo!
Mais uma pedrada no charco. Ainda bem que nem todos os portugueses estão adormecidos.
ResponderEliminarEu já não durmo. Estou vigilante contra o invasor, venha onde venha. Da estranja, do terreiro inquisitorial do passos e do portas, do hóspede de Belém. Já nem na cama estou a salvo. Posso, por ventura, ser vencido pelo sono e zás, já fui chincado.
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