Muitas vezes penso que estou a perder o siso. E, certamente,
será da idade.
No entanto, e mesmo assim, faço a mim mesmo a seguinte
pergunta: por que será que ninguém está de acordo com nada, se até os das
mesmas facções ou mister não se entendem?
E, já agora, por que será também que tanto se apregoa, através
dos canais de propaganda oficial e oficializada, que o país é periférico, pouco
produtivo, pouco ou nada competitivo, que não tem escala de mercado, e tem
dos mais altos vencimentos no topo de todas as pirâmides do público e do
privado, enquanto os vencimentos do resto da maralha são dos mais baixos, em
relação aqueles países a que se comparam os nossos bem pagos quadros?
Assim, o sector público tem de encontrar mais equidade
salarial entre todos o componentes do seu mundo laboral, e o sector privado
também tem de ter um máximo e moral tecto salarial, apesar de muitos sindicalistas
acharem que tal situação desregradora e imoral diz somente respeito às
entidades patronais, as quais, cumprindo para com os restantes trabalhadores com as
tabelas mínimas e previamente estabelecidas, já nada há a obstar ou a reivindicar.
Tal óptica sindical é altamente negativa e anti laboral,
pois cria muitas assimetrias no grupo e conduz a muitos incumprimentos
financeiros por parte das empresas que usam tais delapidadoras artimanhas, que só servem para distribuír altas benesses pelos amigos, bem como contribuírem decisivamente
para a descapitalização dessas mesmas instituições, levando-as até à falência, para
depois os contribuintes serem chamados a contribuir para tais forçados
peditórios.
José Amaral
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