Milhões de pessoas já viram o que eu vi, mas jamais verei o
que outros milhões contemplaram.
Todavia, já muitas vezes tentei ver através do olhar alheio,
mesmo alheando-me do que tais pessoas pensaram ou sentiram em tais
circunstâncias diferentes das minhas.
E, assim cogitando, longe do que me rodeia, apesar do que me
cerca pouco ou nada se importar com os meus pobres pensamentos, dou comigo a
observar atentamente um longevo livro: o ‘GUIA
DO VIAJANTE NOS CAMINHOS DE FERRO’, editado no Porto, em 1876, pela Livraria
Internacional de Ernesto Chardron, editor no Porto e em Braga, composto na
Tipografia de António José da Silva Teixeira, à Rua da Cancela Velha, 62, e da
autoria de Alberto Pimentel.
Esta pequena preciosidade relata com grande minúcia o que
era viajar de comboio à época, bem como em outros transportes de ligação a
este.
Informa também o que se devia visitar, onde se hospedar, tal
como, com grande clareza, nos indicava as salas de espectáculo dessa altura,
horários e custo dos bilhetes, entre outros meios informativos e publicitários.
E com este pequeno tesouro, com 138 anos de idade, nas mãos,
me despeço de todos, por agora.
José Amaral
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