Ao longo dos anos e desde que comecei a ver futebol, (mesmo como jogador de um nível algo duvidoso), e a tentar entender ou perceber, alguma coisa deste mundo estranho, que esta arte (?), que também se pode ser chamada de futebol. Que efectivamente não está ao alcance de qualquer um, seja ele como jogador, treinador e ainda muito mais complicado e mais difícil, que é a tarefa de se ser dirigente.
Mas, será que alguém, com pelo menos e no mínimo com “três dedos de inteligência”, e por mais habilitado que possa estar para desempenhar qualquer das funções atrás mencionadas, consegue entender este mundo estranho, complexo, complicado e cheio de mistérios em seu redor, que esta grande indústria que rende para alguns milhares de cifrões. Esse mesmo, o futebol em termos de entendermos alguma coisa, pelo menos no mínimo dos mínimos, está somente comparado ao mundo da religião e da política, tudo coisas muito complicadas e não são assim tão fáceis de ser entendíveis, para o comum do cidadão.
Vem este texto-opinião, a propósito das chamadas chicotadas psicológicas, que alguns dirigentes desportivos, mais e em especial no “tal” futebol” vêm como melhor solução, para salvaguardarem, principalmente as suas posições, sempre intocáveis até novas eleições. E como tal, assim as primeiras vitimas que estão desgraçadamente mais â mão para alguns incompetentes dirigentes, pelo maus resultados verificados pelas equipas de futebol, são sempre os treinadores.
Nesta presente época da I Liga de Futebol Profissional, já foram, “postos na rua e atirados para o desemprego”, mas foram provavelmente, bem indemnizados, pudera. Também não deixa de ser verdade, que muitas das vezes deixam os cofres dos clubes numa situação de completa penúria, somente e muitas das vezes por completa incompetência, de alguns dirigentes, como já atrás referi.
Pergunto, porque ainda não cheguei a entender, porquê, que as principais vitimas, pelos maus resultados verificados pelas equipas, são sempre os treinados, que não devem ganhar assim tão pouco, e assim devem com as tais chicotadas psicológicas, receber boas indemnizações. Ou estarei enganado?
E nesta época (se não estou equivocado), já foram “tramados” pelos maus resultados produzidos pelas equipas que então comandaram, os seguintes treinados:
Ricardo Chéu (Penafiel), tendo entrado, Rui Quinta.
João de Deus (Gil Vicente), tendo entrado, José Mota
Domingos Paciência (Vitória de Setúbal), tenho entrado, Bruno Ribeiro
Paulo Sérgio (Académica de Coimbra), tendo entrado, José Viterbo,
E com estas trocas de treinadores os resultados das respectivas equipas têm sido melhor?
Será que as chicotadas psicológicas, são prato forte só do nosso futebol.
Agora, foi a vez de Leonel Pontes, que por sinal é natural do Funchal, e que treinava o Marítimo e que solicitou ao presidente Carlos Pereira a sua saída, sendo substituído por Ivo Vieira.
Assim vai o futebol, tal como a religião e a política uma boa trapalhada.
(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do jornal RECORD de 02 de Março de 2015)
Mário da Silva Jesus
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