domingo, 1 de março de 2015

em prosa e em verso

a um companheiro de trabalho que foi reformado

A amizade renovada
Ao companheiro de sempre
Nesta nova jornada
A despedida que lembre.

Nem sempre

Será bom haver reveses
Em situações pontuais,
Mas somente às vezes
E não vezes de mais.

É difícil escrever

Meu Deus, como é difícil escrever e quão me deslumbro com o potencial intelectual de tantos arautos da arte de bem pelejar com a pena, transmitindo com tanta lucidez aquilo de que se dão conta na análise do quotidiano e como as suas premonições são o futuro das sociedades e dos povos.
Perante esta notação, que me faz pequeno, mais me espanto, pois o Homem mais longe vai sempre que uma palavra nasce e venha a fazer sentido na frase que dê texto no contexto de uma vida melhor para toda a Humanidade.

Pensamento

A morte, na sua expressão mais simplista, é o ponto mais trágico da vida.

mergulho

Dei um mergulho na vida
Com medo de ser na água,
Por isso fiz uma ferida
Que me dói com muita mágoa.

Pronto!... Eis-me aqui
Debruçado p’rò papel
Cogitando o que sofri
Nesta colmeia de fel.

nota: prosa e verso coligidos até outubro de 1988, em O LIVRO EM BRANCO, a páginas 102 a 106


José Amaral

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