Um
dos indicadores da imperfeição e da injustiça do sistema
sócio-político em que vivemos, é a possível falência da
Segurança Social(SS). Por isso, a atual ministra das Finanças,
ameaçou com a redução do valor das pensões de reforma. Perante o
generalizado protesto, outros elementos do Governo e até a própria
ministra, recuaram no discurso. Mas não, na intenção! Porque
enquanto não houver alteração do sistema, a ameaça pode
concretizar-se. Os protestos da CGTP-IN e das forças políticas que
a apoiam, são genuínos. Já o mesmo não se pode dizer do PS,
porque este partido, tal como os que suportam o Governo; PSD E CDS,
não preconizam alterações no sistema. Eles são os gestores deste
sistema; o capitalismo. Mas, por razões eleitoralistas, o PS diz que
não aceita a proposta do PSD e do CDS para, como dizem, solucionar
este gravíssimo problema. Ou seja, reduzirem as pensões de reforma.
Mesmo as mais miseráveis, que são a esmagadora maioria delas.
Para
a possível falência da SS, contribuem dois fatores: a redução das
receitas, e o aumento do numero de pensionistas. E tudo isto é
consequência do elevadíssimo desemprego, da fuga de muitas
empresas à sua contribuição para a SS, da precariedade, dos
salários baixíssimos e do montante que as empresas devem descontar
ser correspondente ao numero de trabalhadores que nelas laboram, e
não aos lucros que auferem. Como se sabe, com as novas tecnologias,
há empresas que apenas com meia dúzia de trabalhadores, têm lucros
fabulosos.
Portanto,
há que romper com todos estes bloqueios para que efetivamente a SS
tenha futuro e possa contribuir para assegurar uma vida digna a quem
a passou a trabalhar. Assim, é preciso renegociar a dívida, romper
com o Pacto Social, reativar o aparelho produtivo nacional, tributar
devidamente quem aufere grandes vencimentos e lucros, controlo e
gestão rigorosa pelo Estado de setores vitais da nossa economia.
Assim é possível baixar radicalmente o desemprego, aumentar
salários e o PIB. Tudo isto é possível alterando
significativamente a atual representação parlamentar , reforçando-a
à esquerda do PS, nomeadamente, a força mais persistente e
consequente; a CDU. Está nas mãos do povo.
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