MITOS
No
dia 4 de Junho de 1944 (Dia D), desembarcaram nas praias da Normandia
145.000 homens. Mais 45.000 paraquedistas foram lançados na
retaguarda das forças inimigas posicionadas na orla marítima (
devido a um erro estratégico, uma boa parte destes, foi abatida
ainda no ar).Debaixo de fogo e depois de esforços titânicos para
escalar as arribas protegidas com arame farpado e abrir brechas para
progredirem para o interior, as Forças Aliadas, na grande maioria
dos EUA, marcharam até Paris onde chegariam 2 meses depois. Pelo
caminho tombaram 78.000 militares, mais 30.000 civis e infligiram
100.000 baixas ao exército nazi. Mas, inferir-se daqui que, “ se
não fossem os americanos, estávamos aqui hoje todos a falar alemão”
é pura fantasia. É pura ignorância fruto da propaganda. É uma
grosseira deturpação da história. Um mito. “Não estamos aqui
hoje todos a falar alemão”, graças sim, ao Exército Vermelho
que, nas maiores batalhas da história da humanidade como
Leninegrado, Kursk e outras, golpeou de morte o maior exército até
então jamais visto, o exército do III Reich, e marchou imparável
até Berlim. Graças ao Exército Vermelho, e ao povo da União
Soviética. Dos 50 milhões de mortos, mais de metade eram de lá.
Honra e glória pois, a todos os que tombaram e aos que se bateram
pela derrota da besta nazi-fascista, onde se incluem, evidentemente,
os milhares de heróis civis da resistência dos países ocupados e
não só.
Outro
mito, é que as bombas atómicas que riscaram do mapa Hiroxima e
Nagasaki foram usadas para pôr termo à 2ª Guerra Mundial. É uma
monumental mentira que perdura até aos nossos dias, fruto da tal
mesma propaganda. A verdade, é que aquele abominável crime foi
cometido para anunciar ao mundo e, sobretudo, para avisar a União
Soviética, que os EUA possuíam aquela terrível, aquela definitiva
arma. A Alemanha nazi tinha-se rendido há 2 meses e o Japão, com as
suas Forças Armadas destroçadas e exangues, sabia-se, ia fazer o
mesmo.
Agora
que se comemora o 70º aniversário da vitória sobre o
nazi-fascismo, convém clarificar estes mitos e repor a verdade
histórica.
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