Caro e indefeso leitor, a sociedade actual está numa
enrascada cada vez mais difícil de resolver, porque muitos berbicachos são
resolvidos de ânimo leve, como, por exemplo, prender-se quem não deve ser
coartada a liberdade, ou deixando-se à solta os piores trafulhas que jamais deveriam
ver a luz do dia.
E, perante todas as evidências, a Lei não permite que, mesmo
que se veja um facínora enterrar uma faca no corpo de um indefeso concidadão, o
indiciado criminoso é somente presumível autor do delito – até ser julgado -,
mesmo que a vítima mortal seja colocada na horizontal com sete palmos de terra
sobre si mesma.
E o presumível criminoso que riscou do mapa um qualquer
cidadão – antes e depois do julgamento – terá sempre um advogado de defesa e um
psicólogo, que tentarão amenizar-lhe qualquer agrura surgida pelo pseudo acto delituoso
cometido.
Entretanto, a família da vítima que se lixe, pois,
certamente e até psicologicamente, a vítima – que nunca é presumível - era mais
que merecedora da morte que teve.
Desgraçados sejam os mortais que tais leis fazem, porque
infelizes foram aqueles que por via deles jazem.
José Amaral
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