Há alguns
meses fui premiado com duzentos euros numa lotaria popular.
Dirigi-me à
loja onde comprei a lotaria para receber o premio, disseram-me que só podiam
pagar prémios até ao montante de cento e cinquenta euros, para receber o prémio
integral teria que dirigir-me à filial da santa casa da misericórdia de Lisboa na
rua da restauração, Porto.
Propositadamente
desloquei-me da Maia, onde resido, ao Porto.
Na loja da
santa casa apresentei a lotaria premiada, novamente disseram-me que não podiam
pagar, só através de transferência bancaria, respondi que sou pobre, como tal
não possuo conta bancaria.
Pediram-me a
identificação e outros dados pessoais, como telefone e email, novamente
respondi que sou pobre, como tal não possuo telefone e email.
Debalde insisti
que comunicassem-me por carta ou postal quando pudesse receber o cheque com o
valor do prémio que vinha de Lisboa, relutante deixei o numero do telefone do
meu vizinho, por favor.
Passados
nove dias desloquei-me novamente ao Porto com o único propósito de receber o
cheque.
Surpreso
fiquei quando vi que o cheque só podia ser depositado, mais uma vez tive de
pedir novo favor ao meu vizinho, depositou o cheque na sua conta bancaria e
passados alguns dias deu-me o dinheiro.
Este
comportamento dos jogos santa casa é indigno, imoral, revoltante, para
comodidade da instituição uniformizarão procedimentos, independentemente da
especificidade de cada um, perderam a sensibilidade o respeito pela maioria da
população, que embora sendo pobre, de forma modesta é cliente dos jogos santa
casa.
Uma coisa é
certa, apesar de raramente jogar, depois desta humilhação, jamais o farei.
Com amizade.
Araujo.
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