Olá, estão aí? Óptimo. Eu sei que houve um tema que não bateu tanto como a Constança da Figueira da Foz, mas na minha opinião, não pode cair no esquecimento só porque surgiu uma enorme quantidade de notícias sensacionalistas com capacidade de atrair todo o tipo de carne para canhão.
Ora, então aqui vai: O parlamento vai discutir hoje, a proposta de lei do governo para a revisão da lei do tabaco, que prevê a proibição de fumar em todos os espaços públicos fechados e discutir o envolvimento de imagens chocantes nos maços de tabaco. Logo, podemos desde já concluir que a falta de temas interessantes já estava a ficar diminuta e nada melhor do que bater (raios, isto hoje só me dá para isto) no característico tópico cliché.
Claro que o objectivo aqui é não sensibilizar muito, porque depois lá vem a velha história que sensibilizar de mais, pode dar bronca e o dinheiro arrecadado dos impostos pode estar em causa e pronto, podemos ter aqui um problema. Um problema que desta vez pode estar a causar danos na saúde da economia do país. Que engraçado.
No fundo todos sabemos o que se passa, mas continuamos aqui a comprar o que nos vendem. É giro ser contra o tabaco e é bom fazer de conta que se acredita nas soluções para tentar reduzir o consumo de tabaco. Mas depois tudo fica a cargo do próprio consumidor. No fundo é como se o governo estivesse de certo modo a mascarar a sua quota-parte de culpa, lançado avisos e formas de dizer “Nós não apoiamos”, mas depois todos sabemos o peso que isso tem nas contas.
Há estudos sugerem eficácia das imagens chocantes nos maços de tabaco, então, mas e depois? Não seria melhor proibir logo ou até mesmo incriminar quem consume? Não seria melhor ser a própria sociedade a reprovar o vício? Creio que em pleno século XXI já todos temos consciência que consumir tabaco pode ter impactos sérios na saúde.
Honestamente as fotografias de caixões de crianças, pulmões cancerosos, dentes podres e membros mutilados até pode de certo modo incomodar no início da sua implementação, mas com o decorrer do tempo, passará a ser secundário e se for preciso, serão os próprios fabricantes a criarem formas de os consumidores ocultarem aquilo após a compra. Portanto será mais uma medida que pouco servirá para ajudar no problema.
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