Peregrinos atropelados

Lamentavelmente,  mais peregrinos a caminho de Fátima morreram atropelados . Todos os anos pela altura das peregrinações , há a lamentar a morte de peregrinos por acidentes fatais. Na sinistralidade rodoviária, no massacre das estradas entram agora os peregrinos. Embora já tenham sido tomadas medidas  para prevenir os acidentes , estes sucedem-se com regularidade. Todos ao avisos , chamadas de atenção , nada resulta . Depois dá-se a desgraça , famílias desfeitas , dor e lágrimas. Há que tomar medidas drásticas. A vida é demasiado preciosa para se perder nestes acidentes de forma estúpida e inacreditável.Entre a prevenção rodoviária e a própria Igreja deveria haver uma colaboração para evitar este tipo de acidentes . Presumo que seja único pais da Europa e até do mundo em que o povo vai por estradas nacionais correndo todos perigos,  a caminho do santuário . Não creio que para o Santuário de Lourdes em França, o povo escolha as estradas para chegar ao local da peregrinação. Nem em Espanha , ao Santuário de Nossa Senhora de Monserrate , se assiste á caminhada de devotos pela estrada. Também nesta situação grave , se vê o atraso do pais, o povo tem de ser esclarecido e não continuar a viver num fanatismo e obscurantismo cego por vezes causador de casos fatais, como o que agora aconteceu. Compreende-se que as pessoas sejam levadas pela fé, a fé é subjectiva e cada um vive-a á sua maneira. As  crenças são para respeitar , mas por vezes o espírito de fé encerra um cariz físico doloroso que nem sempre a própria Igreja , por ultrapassar os limites da natureza humana, aprova.Torna-se assim necessário a adopção de medidas urgentes, nomeadamente, proibição de transitar por estradas de movimento e de noite.  Se nada se fizer continuaremos a assistir ao “massacre de inocentes” , assistir a a mortes evitáveis que levam a desgraça e o luto a muitas famílias.  A própria Igreja juntamente com as autoridades responsáveis pela prevenção rodoviária tem de dar o seu contributo para acabar com uma situação recorrente e insustentável.  Sentidos pêsames às famílias das vitimas.

Francisco Pina