Para os que nasceram a meio do século passado, esta
moda dos grafitti é uma coisa detestável, na maior parte dos casos. Paredes de
edifícios públicos emporcalhados com desenhos ou letras de pretensas
assinaturas, não são arte nem coisa alguma de jeito. Por isso os seus
autores poderão ser sancionados com pesadas coimas, na actual legislação. Mas
como tudo o resto em democracia, pelo menos nas democracias fracas, nada
acontece e os "grafiteiros" fazem concursos, apostas, para ver quem
consegue a maior "proeza" de emporcalhar comboios. Num recente
acidente trágico, morreram 3 jovens, um deles espanhol, que propositadamente se
deslocou para cometer uma "façanha". Os seus pais devem estar
destroçados com a perda, e eventualmente até responsabilizam as autoridades,
por não terem conseguido prevenir estas actuações delituosas, e a consequente
perda de vidas humanas. Países estrangeiros têm desenvolvido uma política
proibitiva de grafitti e tags fora de determinados espaços. Nestes espaços
autorizados, os jovens são incentivados a produzir desenhos e obras com nexo e
até valor artístico. São-lhes fornecidos materiais adequados, para livremente
poderem exprimir genuínas vocações. Enquanto isso não fôr possível no nosso
país, e perante o provável falhanço futuro na repressão destes delitos, será
melhor investir numas tintas especiais que resistem aos tags, para defendermos
o que resta do nosso património. A Câmara de Cascais, ao que julgo saber, foi
uma das pioneiras nesta política.
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