quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A DEMOCRACIA E OS GRAFITTI/TAGS



Para os que nasceram a meio do século passado, esta moda dos grafitti é uma coisa detestável, na maior parte dos casos. Paredes de edifícios públicos emporcalhados com desenhos ou letras de pretensas assinaturas, não são arte nem coisa alguma de jeito. Por isso os seus autores poderão ser sancionados com pesadas coimas, na actual legislação. Mas como tudo o resto em democracia, pelo menos nas democracias fracas, nada acontece e os "grafiteiros" fazem concursos, apostas, para ver quem consegue a maior "proeza" de emporcalhar comboios. Num recente acidente trágico, morreram 3 jovens, um deles espanhol, que propositadamente se deslocou para cometer uma "façanha". Os seus pais devem estar destroçados com a perda, e eventualmente até responsabilizam as autoridades, por não terem conseguido prevenir estas actuações delituosas, e a consequente perda de vidas humanas. Países estrangeiros têm desenvolvido uma política proibitiva de grafitti e tags fora de determinados espaços. Nestes espaços autorizados, os jovens são incentivados a produzir desenhos e obras com nexo e até valor artístico. São-lhes fornecidos materiais adequados, para livremente poderem exprimir genuínas vocações. Enquanto isso não fôr possível no nosso país, e perante o provável falhanço futuro na repressão destes delitos, será melhor investir numas tintas especiais que resistem aos tags, para defendermos o que resta do nosso património. A Câmara de Cascais, ao que julgo saber, foi uma das pioneiras nesta política.

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