Furiosos e muito danados

António Costa está à frente de um Executivo ‘minoritário’ e alicerçado numa maioria ‘negativa’, dizem, propagam, vociferam aqueles que, de entre as regras constitucionais, foram destituídos, após as eleições legislativas e na sede própria – a AR -, em que a ‘tradição’ deixou irrevogavelmente de o ser e os ‘legitimava’ como tal.

Furiosos e muito danados viraram-se para o paizinho em Belém, e para a Constituição que, agora, queriam alterar, dizendo que “os portugueses e eles mesmos foram vítimas de uma artimanha montada nas costas de todos para conquistar o poder não pelo voto, mas por arranjos políticos ou administrativos dentro do Parlamento”, assim terá afirmado o desconsolado Marco António Costa, carpindo as suas mágoas e dos seus.

Todavia, mesmo atrasada na calendarização de união de esquerdas, a Esquerda lá fez um esboço de sustentação governativa, que espero venha a ser honrado pelas partes, e que este Executivo PS/António Costa faça ver que mais vale tarde do que nunca, e que a Esquerda unida não seja vencida por todos aqueles que, durante décadas, se intitularam donos disto tudo, fazendo deste quintal lusitano a sua própria quinta, governando-a em proveito próprio, e em aviltante prejuízo de toda a comunidade, para desgraça nossa e de Portugal.

José Amaral