domingo, 29 de março de 2020

A PANDEMIA NO BRASIL




Segundo o filósofo e matemático francês René Descartes, o mundo pelas suas formas e trajetórias, representa a beleza da Geometria materializada.  Agora diante da presente crise mundial do corona vírus, nós, os acima de 60 anos, de uma hora para outra, passamos a ser chamados de elementos de riscos, estamos assim, enquadrados literalmente nos dois sentidos da palavra, risco de contrair os rigores da doença, e ser risco, a forma mais simples das figuras geométricas.
Atônitos, ficamos assistindo brigas das autoridades, se as medidas preventivas contra este risco devam ser horizontal como querem os governadores e cientistas ou vertical como quer o presidente. Estamos diante de algo de difícil solução, verdadeiro dilema que envolve vidas humanas. Se permanecer com o confinamento morreremos de fome, se não, morreremos infectados, ficando assim bem caracterizado, aquele conhecido ditado popular: “se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”. 
Enquanto os cientistas têm seu foco em preservar vidas humanas, o presidente tem seu foco em manter a economia, porque é sabedor de que ela é o termômetro da aceitação do governo. Na história pretérita do nosso planeta, nenhum governo se sustentou diante da má performance da ordem econômica, quaisquer que lhes sejam as causas. Governos bons, maus, de esquerda, de direita, laicos, religiosos, comunistas, capitalistas, sempre tombaram diante da pouca resposta econômica de suas ações.
Aqueles que defendem, prioritariamente a preservação da economia, usam argumento de que se ela falhar, haveria mais mortes do que as produzidas diretamente pela atual pandemia. Pessoalmente, acredito que as consequências deste dilema devam ser amenizadas, com dialogo entra as partes, com doses sensatas de cada lado, com foco no meio termo das ações e com pensamento exclusivamente direcionado ao bem popular, pondo de lado as divergências políticas tão comuns cá no Brasil.     

1 comentário:

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.