Segundo o filósofo e matemático
francês René Descartes, o mundo pelas suas formas e trajetórias, representa a
beleza da Geometria materializada. Agora
diante da presente crise mundial do corona vírus, nós, os acima de 60 anos, de
uma hora para outra, passamos a ser chamados de elementos de riscos, estamos
assim, enquadrados literalmente nos dois sentidos da palavra, risco de contrair
os rigores da doença, e ser risco, a forma mais simples das figuras
geométricas.
Atônitos, ficamos assistindo brigas
das autoridades, se as medidas preventivas contra este risco devam ser horizontal
como querem os governadores e cientistas ou vertical como quer o presidente.
Estamos diante de algo de difícil solução, verdadeiro dilema que envolve vidas
humanas. Se permanecer com o confinamento morreremos de fome, se não,
morreremos infectados, ficando assim bem caracterizado, aquele conhecido ditado
popular: “se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”.
Enquanto os cientistas têm seu foco
em preservar vidas humanas, o presidente tem seu foco em manter a economia,
porque é sabedor de que ela é o termômetro da aceitação do governo. Na história
pretérita do nosso planeta, nenhum governo se sustentou diante da má
performance da ordem econômica, quaisquer que lhes sejam as causas. Governos
bons, maus, de esquerda, de direita, laicos, religiosos, comunistas,
capitalistas, sempre tombaram diante da pouca resposta econômica de suas ações.
Aqueles que defendem, prioritariamente
a preservação da economia, usam argumento de que se ela falhar, haveria mais
mortes do que as produzidas diretamente pela atual pandemia. Pessoalmente,
acredito que as consequências deste dilema devam ser amenizadas, com dialogo
entra as partes, com doses sensatas de cada lado, com foco no meio termo das
ações e com pensamento exclusivamente direcionado ao bem popular, pondo de lado
as divergências políticas tão comuns cá no Brasil.
Comuns no Brasil e um pouco por todo lado...
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