PÚBLICO Sábado, 21 de Março de 2020 (AKM)
A esquerda e a direita e o estado de emergência
Decretado o estado de emergência pelo Presidente da República, com o acordo do Governo e a autorização do Parlamento, dá para pensar como se reage ideologicamente e não só neste tipo de circunstâncias.
A esquerda assume que “estão” a privar-se as liberdades individuais e até colectivas dos cidadãos, e a direita, exactamente o inverso, a “controlar” tudo e todos, por o momento o exigir.
Tomar medidas de protecção individual e colectiva é totalmente necessário e não há dúvida de que o Estado tem de o assumir.
Sendo que, antes de decretado o estado de emergência, já se estavam a conseguir evitar vários “concentramentos”, consciencializando as pessoas para o enormíssimo perigo que vivemos.
Por certo, com o “respaldo” do estado de emergência parece mais fácil tudo controlar, mas talvez antes deveria ter sido feito mais pelos poderes políticos.
Houve tempo de prevenir.
Claro que se pode dizer, e se calhar com toda a razão, que em Itália não se fez nada e as mortes aumentam dia a dia, e em Espanha também, e só quando tudo parou é que o coronavírus começou a assustar.
Claro que sim. Mas não haveria forma de não parar tudo? E o estado de emergência vai resolver a 100% o problema essencial para que foi decretado, que é o fim do contágio?
Augusto Küttner de Magalhães,
Porto
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