Na noite de 29 de março último, um
grande espetáculo musical na TV Cultura encantou a todos os que apreciam a boa
música popular, numa apresentação do tradicional chorinho brasileiro, que tem
no minúsculo instrumento de cordas, o cavaquinho, a alma de sua expressão.
Ele foi um presente dos portugueses
ao Brasil. Chegou num formato diferente do atual. Segundo os apresentadores do
programa, ele continuou como criança em Portugal, onde a tradicional guitarra é
preferida, e se tornou adulto nas terras brasileiras, ganhando sua maior
eloquência nos arranjos de Waldir Azevedo marcados por notas claras e fortes
nas imortais composições: “BRASILEIRINHO”, “DELICADO”, “UM PEDACINHO DO CÉU” e
tantas outras.
Cá, no torrão brasileiro, o cavaquinho
cantou, dançou e chorou no mágico
dedilhar de suas sonoras cordas, a nos empolgar e encher a alma de grande
alegria e saudades das grandes noitadas do passado, sobretudo na estância balneária
Pousada do Rio Quente, com suas inesquecíveis “SEMANAS PORTUGUESAS” marcadas
pela presença de Roberto Leal e do grande guitarrista e também cavaquinhista
Manoel Marques, de quem recebi de presente uma gravação sua, como prêmio, por
ter sido, juntamente com minha tia Neusa Jorge, considerado o melhor casal de
dançarinos num festival de músicas lusitanas.
Minha homenagem ao cavaquinho e
também à guitarra portuguesa lembrando, na linda canção “COIMBRA”, a saudosa
Amália Rodrigues e a tradicional universidade, cujos alunos tinham grande pesar
de deixa-la após a conclusão do curso, conforme sempre nos falava o saudoso
professor e também músico Hermenegildo Marques Veloso, (por muitos anos
radicado no Brasil) natural da cidade Figueira da foz, a quem muito devo pelos
ensinamentos da querida Língua Portuguesa, tão bela e musical, mas muito
difícil e complicada.
Conhece o Júlio Pereira?
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