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quinta-feira, 5 de março de 2020
Ao correr da pena....
Deveria estar a falar do "apocalipse ambiental" quase inevitável; da "bomba relógio" que são os, por todos escorraçados, refugiados à porta da Europa ( os que os bombardeiam e não os recebem, especialmente...) e a epidemia pelo coronavírus que vai mostrando à saciedade como a "este" não se podem fechar fronteiras e como somos frágeis perante nós mesmos e os nossos "demónios" interiores e solitários. Optei no entanto por "saltar da frigideira para o lume" e desabafar sobre as nossas decisões já para depois de...termos morrido - aqui faço um parenteses para lembrar que só há poucas semanas se iniciou o processo de decidirmos se "queríamos morrer"- e trazer à colação Franz Kafka e a mulher que quer ser emprenhada não pelo marido, mas por esperma colhido "à anteriori" daquele agora já cadáver ou até pó. Ao grande escritor checo "roeram a corda" e não cumpriram a sua disposição de queimarem o seu espólio literário ainda não publicado aquando da sua morte e... todos beneficiámos. Na gravidez "post-mortem", é tudo muito estranho, física, psicológicamente e "sei lá mais o quê"! Vai nascer o filho de um.... morto!
Termino. Que estranho mundo este nosso em que se digladiam factos e pensamentos tão diversos! E que dizer do "egotismo" dum génio e dum querer a perpetuação dum ser que já se foi? Foi só ao correr da pena...
Fernando Cardoso Rodrigues
1 comentário:
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Não me lembro do nome do filme, mas a cena está bem clara: Num hospital onde se tratavam feridos de guerra, uma enfermeira verificou que o soldado a quem curava as feridas estava sempre de "pau feito", embora inconsciente; como queria ter um filho só para ela,a certa hora da noite, pouco antes de o rapaz morrer, montou-se nele e engravidou; desse acto nasceu um menino que, por qualquer razão, se revelava pouco espevitado mentalmente conforme ia crescendo; recordando-se de como o tinha "feito", procurou um padre e confessou-se, tendo levado dele um raspanete por ter "violado um moribundo"...
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