domingo, 22 de março de 2020

Testes de coronavírus

Vou tentar ser preciso pois, no momento que vivemos, qualquer coisa que se diga sobre o assunto tem que o ser, e nada alarmista. Às vezes mais vale deixar passar alguns erros, até porque o terreno e o tempo são "escorregadios". E eu sou dos têm ainda mais responsabilidade, dada minha profissão.
Vem isto a propósito dos testes de detecção do vírus por zaragatoa, oral ou nasal, e se devem ser feitos em larga escala a todos os portadores assintomáticos. Admito que sim, até porque a tentativa da "imunidade de manada" no Reino Unido, parece não ter dado certo. O problema é: em que momento e sob que supervisão? Isto porque se sabemos o tempo de incubação da doença, não sabemos em que momento em que o vírus é detectado nas zonas anatómicas referidas, e um teste negativo poderá positivar passados um ou dois dias. E quem supervisiona - absolutamente necessário - a globalidade? Pode um indivíduo, por seu livre alvedrio, ir a um "estaminé" laboratorial e "abrir a boca" para a colheita? E o resultado, se positivo, a quem é comunicado? E, se negativo, pode/deve voltar  ser repetido umas tantas vezes? Tudo isto me veio à cabeça, quando vi anunciada a abertura, por uma entidade privada - embora com o conhecimento da Câmara Municipal de V.N. Gaia - dum posto de colheita. Quem tiver pedido dum médico do SNS, é de borla (para a pessoa...) mas.... se for porque "sim", porque quer, também lho fazem, só que paga.... 150 euros. E, com certeza... leva o papel para casa. Há eficácia/eficiência para a Saúde Pública? É economicamente "sério"? Aqui fica a minha elucubração pensada mas sem certeza de ser dona da verdade. Mas há uma coisa de que não posso deixar de discordar - talvez fosse admissível numa pequena epidemia circunscrita, como "arte" médica" - pelo "descuido de pensamento" e foi dito pelo presidente da referida autarquia: ao menos retira medo à pessoa ( dito adaptado, não "ipsis verbis").

Fernando Cardoso Rodrigues

3 comentários:

  1. Caro Fernando,
    Também não tenho nada a dizer. Ou melhor, realçar as pertinentes questões que levanta.

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  2. Tenho opinião positiva sobre o Eduardo Vítor, mas, suspeito que meteu o pé na argola. Fico com a impressão de que é uma situação recorrente nestas ocasiões. É o oportunismo, a especulação, o chiquespertismo.
    A realidade, é que, falta álcool, faltam máscaras, ou se se encontrarem, só com preços sobrevalorizados. A ASAE diz que "vai" atuar. Preferia que dissesse que "está" a atuar.
    As máscaras, provàvelmente, foram encomendadas a algum afilhado dalgum Secretário de Estado, cuja esposa tem uma fábrica de golas anti-fumo (perdão, de camisas de vénus), que ganhou o concurso graças à solidariedade partidária.
    Quando chegarem já será tarde demais. Faço "figas" para não ter razão.

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    1. Vale o que vale mas o meu filho, que está em França, e me disse que o governo português requisitou toda a produção de álcool. Verdade?

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