terça-feira, 17 de março de 2020


O bairro até se chama “Mouraria”...


...Mas expropriar um cidadão dos prédios comprados há pouco tempo, para cuja aquisição e obras de conservação se endividou, para que lá seja construída uma grande mesquita do Centro Islâmico do Bangladesh, também me parece uma violência; diz o infeliz proprietário que a Câmara de Lisboa lhe colocou todo o tipo de exigências na realização das obras, que não podia alterar nada por se tratar de zona protegida, e passados uns escassos anos vai tudo abaixo para que uma religião possa lá erigir o seu mamarracho.

No caderno dominical “Urbano” o JN ouviu o proprietário, que diz estar a pagar ao banco o empréstimo mas nem pode cobrar as rendas do que tem alugado, e o município só lhe depositou na conta  menos de metade do que pede, valor em que não tocou, recorreu ao tribunal mas, até agora, não lhe tem sido dada razão; as tentativas  do jornal para ouvir a Câmara e o tal Centro Islâmico ficaram sem resposta, e eu, embora não seja nada comigo, sinto a mesma “revolta” daquele homem perante tal prepotência...


Amândio G. Martins


2 comentários:

  1. Hoje, o mesmo JN, noticía em primeira página: "Inquérito-crime a Lar Evangélico inclui denúncias sobre idosos".
    Abusos de religiosos sobre toda a sociedade, é o dia-a-dia. Nada que nos espante.
    O que me espanta é que ainda seja notícia de primeira página.

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  2. Também li essa "má" notícia; e na questão da mesquita, está-se mesmo a ver que, lá no Bangledesh, iam deitar abaixo um quarteirão de prédios para que uma hipotética comunidade católica pudesse ter a sua igreja para se reunir; o mais provável era fazer ir pelos ares alguma que la existisse...

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