PÚBLICO Segunda-feira,
30 de Março de 2020 (AKM)
A fragilidade da Europa no mundo
Nestes tempos, além da covid-19, estamos a perceber que o lugar da Europa no mundo, infelizmente, já não existe (pelo menos da maneira a que estávamos habituados).
Praticamente, acabou como actor a nível global.
Deixámos de ser a centralidade, deixámo-la fugir paulatinamente para os lados.
Hoje, estamos praticamente reduzidos a meros espectadores do que os outros fazem e decidem.
Já não contamos, já não temos influência na ordem ou desordem mundial.
Quase tudo se joga entre a China e os EUA, e nós, europeus, ficamos a observar os acontecimentos.
Esperando que este gravíssimo problema se resolva nos próximos três meses, a Europa terá um grande desafio à sobrevivência como espaço europeu integrado.
O maior problema será provavelmente a Itália.
Ou a União Europeia se une e apoia fortemente a Itália, que vai sair destroçada desta crise, ou arrisca a desunir-se de vez.
Se for assim, o Reino Unido terá aí a “prova” de que fez muito bem em ter-se visto livre do “clube europeu”.
E nesta altura, não parece que a Europa tenha gente capaz de a manter bem unida e liderar.
Augusto K. de Magalhães, Porto
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