sexta-feira, 6 de março de 2020

Na hora do disparate


Que me perdoem os que verdadeiramente sabem do assunto, e, já agora, os que são tão ignorantes quanto eu próprio, mas julgam saber tudo sobre o omnipresente fenómeno coronavírus.
É um tremendo disparate desvalorizar o perigo mundial de uma propagação rápida do coronavírus. As massivas campanhas informativas ajudam à prevenção da doença e é bom que, assim alertados, todos tomemos algumas precauções. Mas não será um disparate igual ou maior desencadearem-se iniciativas de encerramento, cancelamento ou adiamento das mais diversas organizações sociais? Pelo que se tem visto, não tardará muito a que nos privemos de ir ao cinema, ao café, ao restaurante, ao jogo de futebol ou mesmo a um jantar de amigos. Por mim, vou continuar a fazer todas as coisas a que tenho direito por viver numa sociedade livre, embora saiba que corro o risco de contrair a doença. Lavarei mais vezes as mãos e tomarei outros cuidados básicos menos habituais, é certo, mas sempre confiando que as capacidades curativas de que as instituições dispõem serão muito capazes de me livrar de uma doença que, na realidade, não é das mais mortíferas. Não estou é disposto a asfixiar o meu país e a minha civilização, mesmo que isso pareça um grande disparate.   


1 comentário:

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