domingo, 22 de março de 2020

Confiança


Não obstante ter subvalorizado, numa fase inicial, o impacto que o surto do coronavírus poderia ter na saúde das populações, compreendo as medidas mais ou menos restritivas que os diversos governos têm vindo a tomar. Apesar de, ainda hoje, haver muitas “verdades” por provar (afinal, o conhecimento sobre o fenómeno ainda é insuficiente), aceito que decretarem-se medidas (ainda) brandas no tocante à normalidade das nossas vidas seja a atitude mais apropriada à situação. Não ignoro que algumas dessas decisões, em Portugal e não só, possam ter sido tomadas pela própria pressão das pessoas em geral. Independentemente disso, a velocidade de alteração na situação global é tão elevada que o nosso próprio pensamento se pode alterar substancial e rapidamente. Hoje, mais propenso a entender e aceitar a bondade das leis entretanto criadas e aplicadas, não deixo de ter grande preocupação relativamente ao equilíbrio que deverá prevalecer entre o absolutamente indefensável “não fazer nada” e o fundamentalista “fazer tudo e mais alguma coisa”. Tenho confiança em que os limites do bom-senso e a consciência das imensas repercussões futuras (económicas e outras) venham temperar, nos dois sentidos, a actuação humana na luta contra a ameaça viral e irracional. Maior confiança, inabalável, tenho em que a ciência nos vai curar da covid-19.

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