E, vai daí, o
desqualificado e desatualizado aplicador da justiça deliberou uma sentença fora
do tempo em que vive, tal como o homem das cavernas arrastar a companheira
pelos cabelos a caminho da caverna-habitação, sem que ela tugisse ou mugisse,
para não levar com a pesada moca, que o nosso ancestral antepassado usava.
De facto,
ninguém gosta de ser enfeitado com um par de chifres na testa, mas, para que
existam mulheres adúlteras, de certeza que existirão machos infiéis.
Também sabemos
que num antigamente muito recente era o macho que procurava a fêmea, gastando
muitas solas e saliva, para a convencer e conquistar. E era ele que ia a casa
dela para namorar; hoje, é ela que se mete na casa dele.
E mais não dizemos tendo em conta a ligeira
pena aplicada ao infractor em relação à vítima.
Mas que o juiz
foi quadrado, tosco, machista, sexista e mau julgador face à época e ao poder
que exerce, lá isso foi.
Que Deus nos
livre se algum dia tivermos um bruto deste jaez a julgar-nos.
José Amaral
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