terça-feira, 31 de outubro de 2017

REALMENTE HUMANOS

Quanto mais avanço mais me vejo rodeado de futilidades, imbecilidades e crueldades. Quanto mais leio os mestres mais me apercebo que grande parte da existência humana é desperdiçada. Vivemos como ratos, como ratazanas. Só alguns de nós verdadeiramente conseguem elevar-se, atingir a luz, a iluminação. A mera sobrevivência- trabalho, dinheiro, família- é absolutamente podre e pobre. Não é liberdade, é escravatura. Só quando soltamos o desejo, a criação, o amor e a busca da sabedoria, só quando nos sentimos efectivamente livres é que somos realmente humanos, homo sapiens-demens. Tudo o resto são prisões, convenções, religiões. Daí que não possamos aceitar qualquer tipo de poder ou dominação. Daí que nos devamos entregar a 100% ao estudo, ao gozo e à Vida, explorando toda a maravilha e todos os fantasmas interiores, sem qualquer tipo de preconceitos. A vida deve ser um experimento permanente, já dizia Nietzsche. Olhemos nos olhos, falemos com o desconhecido, façamos a descoberta permanente, o banquete permanente. Cresçamos a cada instante, como a natureza. Regressemos à origem, à essência, sem grande necessidade de novas tecnologias. Sejamos simples e sinceros. Amemos. Sem hipocrisias. Em Sócrates, em Jesus, em Che Guevara. Sigamos a estrela. Não digamos mais "até amanhã!". Façamos da vida um dia único, uma noite única. Sem televisões. Sem polícias. Acabemos com a farsa.

1 comentário:

  1. Leio tudo quanto escreve o poeta A. Pedro Ribeiro, sempre muito bem escrito; contudo, no fim da leitura, estou num beco sem saída! Quando diz "façamos a descoberta permanente, o banquete permanente", não deveria esclarecer quem abasteceria o "banquete"?...

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